Dupla é presa em flagrante por tráfico de drogas em casa com câmeras de vigilância em Minas Gerais
Presos por tráfico em casa com câmeras de monitoramento em MG

Era uma casa comum, num bairro como tantos outros na região metropolitana de Belo Horizonte. Mas por trás da fachada tranquila, um esquema que misturava tecnologia e ilegalidade. Dois homens, cujos nomes ainda não foram divulgados, acabaram algemados depois que a polícia confirmou o que as denúncias anônimas já sugeriam: o imóvel servia como ponto de venda de entorpecentes.

O detalhe que chamou atenção até dos investigadores mais experientes? Um sofisticado (para os padrões do crime) sistema de câmeras instalado estrategicamente para monitorar as redondezas. "Quando a gente viu aquela parafernália toda, deu pra entender porque eles demoraram pra cair", comentou um dos delegados envolvidos, sob condição de anonimato.

Operação surpresa

Naquela tarde de quarta-feira, os agentes chegaram sem alarde. Apesar dos equipamentos de vigilância, a dupla não teve tempo de reagir ou destruir provas. Dentro da casa, os policiais encontraram:

  • Diversas porções de crack prontas para venda
  • Tabletes de maconha já fracionados
  • Dinheiro em espécie, possivelmente resultado do comércio ilegal
  • Celulares usados para organizar as transações

E as tais câmeras? Bem, elas estavam lá mesmo - três delas, posicionadas para cobrir todos os acessos à residência. "Parecia aqueles reality shows, sabe? Só que ao invés de famosos fazendo bobagem, era gente se metendo com o que não devia", brincou um morador da região, que preferiu não se identificar.

O que diz a lei

Os dois detidos foram enquadrados no artigo 33 da Lei de Drogas (tráfico de entorpecentes). Se condenados, podem pegar de 5 a 15 anos de cadeia. E aí vem a pergunta: será que o uso de tecnologia para facilitar o crime pode aumentar a pena? "Depende", explica o advogado criminalista Rogério Campos. "O juiz pode entender como agravante, mas não há previsão específica no código."

Enquanto isso, na delegacia, os suspeitos aguardam o andamento do processo. E a casa, agora vazia, ganhou fama no bairro - mas não do tipo que alguém gostaria. "A gente sempre desconfiou que tinha coisa errada ali", contou uma vizinha. "Só não imaginava que era coisa tão elaborada."