Operação da Polícia desmonta fábrica clandestina de bebidas falsificadas no litoral de SP
Polícia desmonta fábrica de bebidas falsas no litoral

Imagine entrar num bar e pedir sua bebida preferida, sem desconfiar que está prestes a consumir algo que poderia colocar sua saúde em risco. Foi exatamente esse cenário que a Polícia Civil impediu ao desbaratar uma sofisticada — e assustadora — operação de falsificação de bebidas alcoólicas na Baixada Santista.

A coisa toda começou a desmoronar na última segunda-feira, quando os investigadores botaram a mão na massa depois de semanas de trabalho discreto. E o que encontraram? Uma verdadeira linha de produção do crime, funcionando a todo vapor num galpão que mais parecia um laboratório de pesadelo.

Um cenário de arrepiar

Dá até frio na espinha só de pensar. Lá dentro, os policiais se depararam com centenas — sim, centenas! — de garrafas de bebidas famosas sendo adulteradas com uma mistura no mínimo preocupante. Estamos falando de vodkas, whiskies, gins e até espumantes que você provavelmente já viu nas prateleiras dos mercados.

O pior de tudo? As condições eram simplesmente deploráveis. Os criminosos — que obviamente não tinham o menor pudor — usavam álcool de origem duvidosa, corantes alimentícios e quem sabe o que mais para criar suas poções perigosas. Uma verdadeira roleta-russa alcoólica, se me permitem a expressão.

A prisão em flagrante

Enquanto mexiam naquela sopa de ingredientes suspeitos, três indivíduos foram pegos com a boca na botija. Dois homens e uma mulher, todos com idades entre 30 e 45 anos, que agora respondem por crime contra as relações de consumo e formação de quadrilha.

Parece que o negócio deles ia bem — pelo menos até a polícia chegar. Estima-se que o prejuízo causado por essa operação clandestina seja daqueles que dão calafrios: cerca de R$ 500 mil só em produtos falsificados apreendidos.

E olha que a coisa não parava por aí. Os investigadores também encontraram equipamentos de fabricação caseira, rótulos falsos que enganariam qualquer um e uma quantidade absurda de embalagens prontas para seguir para o mercado.

Como identificar uma bebida falsificada?

Depois de uma descoberta dessas, a pergunta que não quer calar é: como não cair nesse tipo de armadilha? Bom, existem algumas dicas que podem salvar seu fígado — e seu bolso:

  • Desconfie de preços muito abaixo do mercado — quando a esmola é demais, o santo desconfia
  • Observe a qualidade da impressão dos rótulos — nas originais, tudo é nítido e bem feito
  • Verifique o lacre da tampa — se estiver violado ou com aparência amassada, é bandeira vermelha
  • Preste atenção na cor e na viscosidade do líquido — bebidas falsas costumam ter aspecto diferente

É triste ter que chegar a esse ponto, mas nos dias de hoje melhor prevenir do que remediar, não é mesmo?

O que dizem as autoridades

Segundo os delegados responsáveis pela operação, essa quadrilha agia com uma audácia impressionante. Eles não só falsificavam as bebidas como tinham um esquema de distribuição que alcançava bares e mercados da região. Uma rede criminosa que, felizmente, foi desmantelada a tempo.

"Essa apreensão representa um golpe duro no crime organizado que se aproveita da boa-fé do consumidor", comentou um dos investigadores, que preferiu não se identificar. E faz sentido — afinal, estamos falando de saúde pública aqui.

Agora, os investigados seguem atrás das grades enquanto a polícia continua as investigações para descobrir se havia outros envolvidos nesse esquema que, convenhamos, tinha tudo para dar muito errado.

Moral da história? Às vezes, o barato realmente sai caro. E no caso das bebidas adulteradas, pode sair caríssimo para a saúde de quem consome. Fica o alerta — e o alívio por mais uma quadrilha ter sido tirada de circulação.