Operação da PF desmantela quadrilha que exportou 21 toneladas de cocaína pelo Porto de Santos
PF desmantela quadrilha do tráfico no Porto de Santos

Em uma operação de grande impacto no combate ao tráfico internacional de drogas, a Polícia Federal (PF) desmantelou uma sofisticada quadrilha responsável pela exportação de impressionantes 21 toneladas de cocaína através do Porto de Santos, o maior da América Latina.

Esquema milionário desvendado

A operação, batizada de "Disparada", revelou um esquema criminoso altamente organizado que atuava há anos no litoral paulista. Os investigados utilizavam containers de carga comercial para camuflar a droga com destino principal ao mercado europeu.

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos simultaneamente nesta quarta-feira (30) em endereços localizados nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande, todas na Baixada Santista.

Como funcionava o esquema criminoso

De acordo com as investigações, a organização criminosa possuía um modus operandi bastante elaborado:

  • Recrutamento de funcionários de empresas portuárias para facilitar o acesso às áreas restritas
  • Uso de documentação falsa para mascarar a origem e destino da carga
  • Camuflagem da cocaína em meio a cargas legítimas de exportação
  • Rede de contatos internacionais para distribuição na Europa

Investigações apontam prejuízo bilionário

As 21 toneladas de cocaína apreendidas representam um prejuízo bilionário para a organização criminosa. Considerando o valor da droga no mercado internacional, especialistas estimam que o montante poderia ultrapassar R$ 1 bilhão em transações ilícitas.

As investigações começaram ainda em 2023 a partir de denúncias anônimas e trabalho de inteligência da PF. Durante todo esse período, os policiais colheram provas e identificaram todos os integrantes da quadrilha antes de deflagrar a operação.

Porto de Santos no centro do tráfico internacional

Esta não é a primeira vez que o Porto de Santos aparece como rota principal para o tráfico internacional de drogas. Sua localização estratégica e o volume de contêineres que movimenta diariamente tornam o local alvo constante de organizações criminosas.

A PF reforçou que continuará com operações regulares no local e que está implementando novas tecnologias de fiscalização para coibir esse tipo de crime.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico internacional de drogas e organização criminosa. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.