Operação na Favela do Moinho: MP e PM desarticulam chefias do tráfico no centro de SP
Operação na Favela do Moinho prende chefes do tráfico

Parece que o centro de São Paulo acordou com um rebuliço digno de filme esta manhã. Enquanto a maioria dos paulistanos ainda tomava seu café, as ruas próximas à Favela do Moinho viraram palco de uma operação que há muito era esperada pelas autoridades — e temida por quem anda na linha errada da lei.

Duas figuras que supostamente mandavam no tráfico local tiveram seu domingo drasticamente interrompido. Presos em flagrante, eles agora enfrentam a música por liderar — segundo as investigações — o esquema de vendas de drogas na região. A coisa era séria, gente. Não se tratava de amadores.

Como a operação se desenrolou?

Logo cedo, por volta das 6h, os agentes chegaram com tudo. Não foi uma ação qualquer — era resultado de meses de trabalho discreto, daquelas investigações que ninguém vê chegar até que esteja na sua porta. A Polícia Militar e o Ministério Público trabalharam em conjunto, cada um com seu papel bem definido: um com a força, o outro com a lei na ponta da língua.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Central, o que mostra que a coisa não era brincadeira. Dois alvos principais, dois mandados de busca e apreensão cumpridos. A precisão foi quase cirúrgica.

E o que encontraram?

Além dos dois presos, claro. Material apreendido não foi divulgado em detalhes ainda — essas operações sempre guardam cartas na manga para não atrapalhar as próximas etapas. Mas sabe como é: quando o MP e a PM batem à porta, geralmente é porque têm provas suficientes para não sair de mãos vazias.

O que me faz pensar: será que finalmente conseguiremos algum alívio no tráfico nessa área? O centro de São Paulo há anos sofre com essa chaga aberta. A Favela do Moinho, em particular, é um ponto conhecido — e evitado — por muitos.

Operações como esta são importantes, claro. Mas também são remendos. Enquanto não houver políticas sérias de inclusão social, educação e oportunidades reais para quem mora nessas comunidades, o problema vai continuar se reinventando. Prender os chefões é necessário, mas não suficiente.

Por hoje, pelo menos, a lei deu uma cartada. Dois supostos líderes a menos nas ruas. A população do centro respira um pouco mais aliviada — ainda que sabendo que a guerra contra o tráfico está longe de terminar.