Operação Asfixia: Como o Comando Vermelho lavava milhões com laranjas e empresas fantasmas na Paraíba
Operação Asfixia: CV usava laranjas para lavar dinheiro

Parece coisa de filme, mas é a pura realidade. A Polícia Federal acabou de desmantelar uma operação de lavagem de dinheiro que faria qualquer contador ilegal corar de vergonha. O Comando Vermelho, essa organização criminosa que insiste em perturbar nosso sossego, montou um esquema tão elaborado que até eu, com anos de experiência jornalística, fiquei impressionado com a audácia.

Estamos falando de nada menos que R$ 100 milhões — sim, você leu certo — que passaram pelas mãos desses criminosos entre 2022 e 2024. Uma fortuna que, convenhamos, faria falta em tantos outros lugares…

O pulo do gato: como funcionava a maracutaia

O esquema era simplesmente genial, se não fosse criminoso. Os caras usavam — segurem-se — 42 pessoas como laranjas! Quase uma seleção de futebol inteira de pessoas emprestando seus nomes para negócios que nunca viram na vida.

E não eram empresas quaisquer. Montaram holding companies, imobiliárias, comércios… tudo de fachada, é claro. O dinheiro sujo do tráfico entrava como se fosse lucro legítimo dessas empresas fantasmas. Uma lavanderia de alto nível, pra ser sincero.

Ah, e tem mais: os investigados até compravam e vendiam imóveis de alto padrão entre si! Imagina a cena — o dinheiro circulava num circuito fechado, como num jogo de Banco Imobiliário, só que com propriedades reais e valores absurdos.

A teia que se espalhava

O que me deixa realmente pasmo é como essa rede não ficou restrita a um cantinho. As investigações apontam movimentações suspeitas em João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita e Bayeux. Quase metade do estado envolvido nessa roubada!

E os mandados? Foram 15 de busca e apreensão cumpridos nesta terça-feira, além do bloqueio de bens — porque, claro, quando se mexe com tanto dinheiro, tem que tentar recuperar algo.

Os personagens dessa trama

Aqui é que a coisa fica interessante. Dois nomes se destacam nessa história:

  • Carlos André — apontado como o "gerente financeiro" do esquema. O cara que provavelmente sabia onde cada centavo estava enterrado.
  • Wesley da Silva — identificado como "o lavador". O profissional da limpeza… de dinheiro sujo, claro.

Mas espera, tem mais! As investigações mostram que o esquema tinha ligações com facções de outros estados — porque, convenhamos, crime organizado não respeita fronteiras estaduais.

O que diz a lei

Os envolvidos vão responder por associação criminosa e lavagem de dinheiro. E olha, quando o assunto é lavagem, a lei é bem clara: pode dar até 10 anos de cadeia. Será que vão pegar tudo isso? Bom, aí já é com a Justiça decidir.

O que me preocupa — e deveria preocupar todo mundo — é como essas organizações conseguem se infiltrar na economia formal. Eles não estão mais só nas quebradas; estão comprando imóveis caros, movimentando contas corporativas, se passando por empresários de sucesso.

No fim das contas, a Operação Asfixia mostrou uma verdade inconveniente: o crime organizado brasileiro está mais sofisticado do que nunca. E enquanto a gente discute política no bar, eles estão aí, lavando dinheiro na nossa frente.

Restou alguma dúvida? Pois é… eu também.