O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) apresentou, nesta quarta-feira (3), uma denúncia formal contra dois empresários do setor de combustíveis. Eles são acusados de comercializar óleo diesel adulterado em um posto de gasolina no município de Lagoa do Piauí.
Denúncia aponta fraude na qualidade do diesel
Os denunciados são os empresários Haram Santhiago Girão Sampaio e João Revoredo Mendes Cabral Filho. A acusação do MP-PI é de que eles venderam, no dia 21 de março de 2023, o combustível do tipo óleo diesel S-500B em desacordo com as normas técnicas da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O estabelecimento envolvido é o posto de combustível HD 11. As investigações apontam que Haran Santhiago, administrador do local, e João Revoredo, responsável técnico e instrutor de qualidade, atuaram em conjunto para permitir a venda do produto irregular.
Combustível apresentou água e falhas graves
As análises realizadas pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) identificaram problemas sérios no combustível vendido. Foi constatada a presença elevada de água, turbidez e a violação dos padrões obrigatórios de qualidade.
Essas irregularidades não apenas configuram uma infração à legislação, como também representam um risco direto ao consumidor, podendo causar danos aos motores dos veículos.
Ligação com a Operação Carbono Oculto e o PCC
O caso não se resume a uma simples adulteração. O posto HD 11 foi um dos alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada em novembro do ano passado. Esta operação de grande porte investiga um esquema de lavagem de dinheiro supostamente ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A denúncia do MP-PI, portanto, insere-se em um contexto investigativo mais amplo e complexo, que busca desarticular atividades financeiras ilícitas de uma organização criminosa.
A reportagem segue em atualização para trazer novas informações sobre o desdobramento processual desta denúncia.
