
Num cantão qualquer da cidade, onde a fiscalização mal pisa, o comércio ilegal de celulares roubados funciona como um mercado paralelo — sem nota fiscal, sem garantia, mas com clientes ávidos por um "bom negócio". E o pior? A coisa tá mais organizada do que muita empresa por aí.
O esquema que virou rotina
Parece cena de filme, mas é pura realidade: bandidos agem como vendedores de loja, exibindo mercadorias com etiquetas de preço. Só que aqui, os produtos vieram de assaltos, furtos ou — pasmem — até de encomendas desviadas. "Tá baratinho, mas não pergunta de onde veio", ri um frequentador desses locais, num tom que dá arrepios.
E como funciona essa máfia dos aparelhos? Em três atos:
- Roubo: Seja no transporte público, na rua ou em invasões a residências
- "Lavagem": Resetam os dispositivos como se fossem novos
- Revenda: Nas barracas improvisadas ou até por grupos no WhatsApp
E o comprador? Tá no prejuízo sem saber
Aqui vai o pulo do gato — além de financiar o crime, quem compra pode:
- Ter o aparelho bloqueado a qualquer momento
- Nunca conseguir atualizações de software
- Até responder por receptação (sim, é crime!)
"Mas como identificar?". Fique de olho em:
- Preço muito abaixo do mercado
- Vendedor que se recusa a mostrar nota fiscal
- Aparelho que vem sem caixa ou acessórios originais
E as autoridades?
Entre operações esporádicas e a dificuldade de rastreio, o jogo de gato e rato continua. Enquanto isso, o cidadão comum — vítima do roubo ou comprador ingênuo — sai sempre perdendo. Moral da história? Se a oferta parece boa demais pra ser verdade... provavelmente é.