Operação policial mira casal de influenciadores por esquema milionário
A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (11) uma operação contra um casal de influenciadores digitais investigado por envolvimento em um esquema de jogos de azar ilegais. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Lagoa Santa, na Grande Belo Horizonte, Pimenta e Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais.
Esquema criminoso nas redes sociais
Segundo as investigações, os influenciadores Pedro Vitor e Aline Cavanellas utilizavam suas redes sociais para promover e incentivar jogos de aposta online, com destaque para o conhecido "Jogo do Tigrinho". A estratégia dos acusados incluía a promessa de ganhos fáceis para atrair seguidores.
Os investigadores descobriram que o casal produzia vídeos diários mostrando supostos prêmios e lucros obtidos nos jogos. No entanto, as gravações eram realizadas em plataformas de demonstração, que simulam ganhos sem envolver dinheiro real, criando assim uma imagem enganosa sobre a facilidade de obter lucros.
Patrimônio milionário e crimes investigados
A operação revelou uma movimentação financeira suspeita de aproximadamente R$ 21 milhões. O patrimônio do casal inclui mais de 15 imóveis, sendo dois deles classificados como de luxo.
Além da participação em jogos de azar ilegais, os influenciadores são investigados por outros crimes, incluindo:
- Associação criminosa
- Estelionato
- Lavagem de dinheiro
- Sonegação fiscal
- Crimes contra o consumidor
Até o momento, a Polícia Civil não confirmou a ocorrência de prisões durante a operação. O g1 entrou em contato com a corporação e aguarda retorno, além de tentar localizar os advogados de defesa do casal.
Funcionamento dos jogos ilegais
As investigações apontam que os algoritmos dos jogos de apostas online são programados para garantir lucro aos operadores e manter os apostadores engajados. O esquema envolve uma complexa rede com operadores, divulgadores e empresas estrangeiras.
As plataformas são hospedadas em países como Malta, ficando fora do controle das autoridades brasileiras. Esses jogos eletrônicos operam de forma clandestina, sem transparência e são expressamente proibidos pela legislação brasileira.
O caso evidencia os riscos do envolvimento com jogos de azar não regulamentados e a importância da fiscalização sobre as atividades de influenciadores digitais que promovem este tipo de conteúdo.