Guarujá: Polícia desmonta cativeiro de drogas em cena de filme de ação | Barraco era depósito de entorpecentes
Guarujá: Polícia desmonta cativeiro de drogas com armadilhas

Era pra ser mais um barraco qualquer na Vila Áurea, periferia de Guarujá. Mas o que a Polícia Civil encontrou lá dentro na tarde dessa quarta-feira (10) era coisa de pesadelo. Um verdadeiro labirinto do crime, armado até os dentes – literalmente.

Os agentes do DENARC chegaram com mandado de busca e apreensão e se depararam com uma cena que misturava filme de ação com terror. O lugar, aparentemente abandonado, escondia um arsenal de drogas e perigo.

O cenário do crime

Dentro da construção precária, uma quantidade absurda de entorpecentes organizados como se fosse um depósito de mercadorias comuns. Só que aí é que tá: a mercadoria era morte pura. Mais de 20 quilos de cocaína, aguardando destinação. Quase 50 quilos de crack, prontos para destruir vidas. E ainda por cima, 17 tabletes de maconha. Um estoque que valia uma fortuna no mercado negro.

Mas o que realmente gelou o sangue dos policiais foram as armadilhas explosivas espalhadas pelo local. Sim, você leu certo. Os traficantes haviam improvisado engenhocas perigosíssimas – as tais "bombas" – para proteger seu investimento ilícito. Um passo em falso e… bem, melhor nem imaginar.

A prisão em flagrante

Dois homens, até agora identificados apenas pelas iniciais, foram surpreendidos dentro do barraco-bunker. A dupla não teve tempo de reagir. Presos em flagrante por tráfico de drogas, agora enfrentam a lei. E olha, com a quantidade apreendida, não vai ser pouco tempo atrás das grades.

Os policiais trabalharam com extremo cuidado, sabendo do risco iminente. Desarmar aquelas armadilhas caseiras exigiu nervos de aço e expertise técnica. Um trabalho silencioso e perigoso que, graças a Deus, terminou sem explosões ou feridos.

O que isso significa?

Operações como essa mostram a cara cruel do tráfico na Baixada Santista. Não se trata mais de pequenos varejistas. São estruturas complexas, violentas, que não hesitam em usar qualquer meio para proteger seus lucros. Transformar um barraco numa fortaleza explosiva é crueldade com requintes de maldade.

A apreensão tira de circulação uma quantidade brutal de drogas. Só de crack, são quase 50 quilos que não vão chegar às ruas. Quantas famílias deixaram de ser destruídas hoje? Difícil calcular, mas com certeza muitas.

Os dois presos foram levados para o carceragem da DEAMS (Delegacia de Entorpecentes da Baixada Santista) e devem responder pelo artigo 33 da Lei de Drogas. A pena? Pesada, como merece quem lucra com a desgraça alheia.

Enquanto isso, a Vila Áurea tenta voltar à normalidade. Mas a lembrança do barraco-bomba vai ficar. Um alerta sinistro de até onde o crime pode chegar quando se sente acuado.