O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), declarou que o estado não vai recuar nas operações de segurança pública após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. Em entrevista ao programa Amarelas On Air, da VEJA, o governador afirmou que esta ação representou apenas a primeira etapa de uma estratégia mais ampla contra as facções criminosas.
Estratégia de sufocamento do crime
Segundo Castro, a ofensiva recente devolveu ao Estado a confiança necessária para avançar sobre áreas historicamente controladas pelo crime organizado. "Outras operações já estão planejadas", revelou o governador, destacando que o governo agora trabalha com um calendário de ações articuladas entre Polícia Militar, Polícia Civil, órgãos federais e setores de inteligência.
O plano de retomada territorial, que está sendo desenvolvido no âmbito da ADPF 635 do Supremo Tribunal Federal, deve acelerar a próxima fase das operações. Coordenado pelo Conselho Nacional do Ministério Público, o documento será entregue ao STF até 20 de dezembro e servirá como guia para a expansão das ações.
Ocupação permanente como objetivo
Cláudio Castro ressaltou que o objetivo principal é garantir que cada incursão resulte em ocupação permanente do território, evitando ações pontuais que caracterizariam o "vai e volta do Estado". "O Rio não pode mais conviver com essa situação. Agora é continuidade", afirmou o governador durante a entrevista concedida em 14 de novembro de 2025.
O governador vê nas novas operações uma oportunidade para consolidar o que chamou de "virada de percepção" após o desgaste dos últimos anos na segurança pública fluminense. "O Brasil inteiro viu que é possível enfrentar essas organizações. A sociedade espera continuidade - e nós vamos entregar", prometeu Castro.
Base política e técnica fortalecida
A operação nos complexos da Penha e do Alemão proporcionou, segundo o governador, "lastro político e técnico" para dar sequência ao enfrentamento do crime organizado. Castro enfatizou que a ação abriu caminho para uma sequência de investidas contra as facções que dominam territórios na capital fluminense.
A estratégia do governo estadual prevê que cada nova operação seja cuidadosamente planejada e executada com base nas experiências anteriores, sempre com o objetivo final de garantir a presença constante do Estado nas comunidades.
