CV no Ceará: Os Perigos dos Remédios Controlados Vendidos Ilegalmente pela Facção
CV vende remédios tarja preta ilegalmente no Ceará

Uma investigação recente trouxe à tona uma nova frente de atuação do crime organizado no Ceará: o comércio ilegal de medicamentos controlados, conhecidos como tarja preta. O Comando Vermelho (CV) estaria lucrando milhões com a venda clandestina desses remédios, que representam sérios riscos à saúde quando usados sem prescrição médica.

Os medicamentos mais traficados pela facção

Entre as substâncias mais apreendidas estão:

  • Rivotril (Clonazepam) - usado para ansiedade e convulsões
  • Frontal (Alprazolam) - indicado para transtornos de pânico
  • Diazepam - ansiolítico e relaxante muscular
  • Codeína - analgésico opioide

Por que esses remédios são tão perigosos?

O uso indiscriminado desses medicamentos pode levar a consequências graves:

Dependência química

Os benzodiazepínicos (como Rivotril e Frontal) criam dependência rapidamente. A abstinência pode causar crises de ansiedade, insônia e até convulsões.

Efeitos colaterais severos

Sem acompanhamento médico, os usuários podem experimentar:

  1. Sonolência excessiva e comprometimento cognitivo
  2. Perda de coordenação motora
  3. Problemas de memória
  4. Depressão respiratória em casos extremos

Interações medicamentosas perigosas

Quando misturados com álcool ou outras drogas, o risco de overdose aumenta significativamente, podendo levar à morte.

O negócio milionário do crime

As investigações apontam que o CV estabeleceu uma rede sofisticada para o comércio desses medicamentos. A facção aproveita a alta demanda por essas substâncias, que são vendidas a preços até 10 vezes menores que nas farmácias legais.

Especialistas em segurança pública alertam que essa nova frente criminal representa uma dupla ameaça: além dos danos à saúde da população, fortalece financeiramente as organizações criminosas, permitindo que ampliem suas atividades ilícitas.

As autoridades reforçam a importância de comprar medicamentos apenas em estabelecimentos regulados e com prescrição médica, destacando que a automedicação com tarja preta pode ter consequências irreversíveis.