
Uma investigação recente trouxe à tona uma nova frente de atuação do crime organizado no Ceará: o comércio ilegal de medicamentos controlados, conhecidos como tarja preta. O Comando Vermelho (CV) estaria lucrando milhões com a venda clandestina desses remédios, que representam sérios riscos à saúde quando usados sem prescrição médica.
Os medicamentos mais traficados pela facção
Entre as substâncias mais apreendidas estão:
- Rivotril (Clonazepam) - usado para ansiedade e convulsões
- Frontal (Alprazolam) - indicado para transtornos de pânico
- Diazepam - ansiolítico e relaxante muscular
- Codeína - analgésico opioide
Por que esses remédios são tão perigosos?
O uso indiscriminado desses medicamentos pode levar a consequências graves:
Dependência química
Os benzodiazepínicos (como Rivotril e Frontal) criam dependência rapidamente. A abstinência pode causar crises de ansiedade, insônia e até convulsões.
Efeitos colaterais severos
Sem acompanhamento médico, os usuários podem experimentar:
- Sonolência excessiva e comprometimento cognitivo
- Perda de coordenação motora
- Problemas de memória
- Depressão respiratória em casos extremos
Interações medicamentosas perigosas
Quando misturados com álcool ou outras drogas, o risco de overdose aumenta significativamente, podendo levar à morte.
O negócio milionário do crime
As investigações apontam que o CV estabeleceu uma rede sofisticada para o comércio desses medicamentos. A facção aproveita a alta demanda por essas substâncias, que são vendidas a preços até 10 vezes menores que nas farmácias legais.
Especialistas em segurança pública alertam que essa nova frente criminal representa uma dupla ameaça: além dos danos à saúde da população, fortalece financeiramente as organizações criminosas, permitindo que ampliem suas atividades ilícitas.
As autoridades reforçam a importância de comprar medicamentos apenas em estabelecimentos regulados e com prescrição médica, destacando que a automedicação com tarja preta pode ter consequências irreversíveis.