Era para ser mais um voo silencioso sob o céu alagoano, mas o destino—ou a ilicitude—teve outros planos. Na tarde de sábado, 14, o silêncio pacato de um canavial em Coruripe foi brutalmente interrompido pelo estrondo metálico de uma aeronave que se espatifou contra a terra.
O que se seguiu foi um cenário de caos e constatação. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou ao local e deparou-se com a fuselagem destroçada de um monomotor. E não estava vazio. Dentro, uma carga que transformou um acidente aéreo num flagrante de crime: quase meia tonelada de cocaína, meticulosamente embalada para o transporte.
O piloto, único ocupante da aeronave, não sobreviveu ao impacto. A identidade dele ainda não foi divulgada pelas autoridades, que trabalham para desvendar de onde partiu e para onde se destinava aquele voo fatídico.
Operação em Andamento: Para Onde Iha Toda Essa Droga?
O aparato policial foi imediato. Além da PRF, peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) estiveram no local para os trabalhos técnicos. A carga foi apreendida e levada para perícia, um passo crucial para tentar rastrear a origem do entorpecente.
Esse tipo de acidente—avião usado por traficantes que simplesmente cai—não é exatamente novidade, mas nunca deixa de chocar. Revela a ousadia do crime organizado e os métodos arriscados, por vezes amadores, que utilizam. A queda numa área rural de Coruripe levanta questões: será que a rota foi desviada? Houve uma falha mecânica? Ou simplesmente um erro de cálculo do piloto?
As investigações, claro, estão só no começo. A Polícia Federal já foi acionada e deve entrar com força total no caso, dada a clara conexão com o tráfico internacional. Enquanto isso, a pequena Coruripe se vê, mesmo que por um dia, no centro de uma guerra muito maior.
