Numa tarde aparentemente comum em Belo Horizonte, a rotina de um bairro residencial foi interrompida por sirenes e movimentação policial. Três garotos — dois de 16 e um de 17 anos — foram pegos de surpresa com uma quantidade considerável de drogas, segundo as autoridades.
A operação, que parecia mais um dia tranquilo no calendário da Polícia Civil, rapidamente se transformou num daqueles episódios que deixam vizinhos com os olhos arregalados. "A gente até ouvia falar que tinha movimento estranho por aqui, mas ver a polícia agindo assim, de repente... foi um susto", comentou uma moradora que preferiu não se identificar.
Como tudo aconteceu?
Por volta das 15h, agentes em trajes civis — aqueles que passam despercebidos até na fila do pão — começaram a cercar o local. O que parecia ser apenas mais um ponto de encontro de adolescentes revelou-se um pequeno centro de distribuição de entorpecentes. Nas mochilas dos jovens, segundo o boletim de ocorrência:
- 53 porções de maconha prontas para venda
- 17 pedras de crack
- R$ 342 em espécie, possivelmente fruto de vendas recentes
O delegado responsável, em entrevista rápida à imprensa, fez questão de destacar: "Não importa a idade — quem comete crime responde. Esses jovens estavam claramente inseridos numa rede maior".
E agora?
Os três adolescentes foram encaminhados para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Enquanto isso, os investigadores seguem tentando descobrir quem estaria por trás do suposto esquema. Seria apenas mais um caso isolado, ou a ponta de um iceberg que a polícia vem tentando desmontar há meses?
Moradores da região, entre aliviados e preocupados, agora se perguntam: quantos outros pontos como esse podem existir, escondidos à plena luz do dia, nos bairros que consideramos seguros?
