7 líderes do Comando Vermelho transferidos para presídios federais
7 chefes do CV transferidos para presídios federais

Operação de segurança transfere chefias do crime organizado

Em uma ação estratégica para desarticular o Comando Vermelho, sete dos principais líderes da facção criminosa foram transferidos nesta quarta-feira, 12 de novembro de 2025, para presídios federais. A operação, autorizada pela Justiça do Rio de Janeiro, ocorreu sob rigoroso esquema de segurança e marcou mais um capítulo no combate ao crime organizado no estado.

O transporte dos criminosos

Os detentos deixaram o presídio de Bangu 1, unidade de segurança máxima localizada no complexo penitenciário do Rio, e foram conduzidos até o Aeroporto do Galeão. No local, embarcaram em um avião da Polícia Federal com destino ainda não revelado pelas autoridades estaduais.

O transporte até o aeroporto contou com uma escolta especializada composta por agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE), do Grupo de Intervenção Tática (GIT) e da Divisão de Busca e Recaptura (Recap). Todos esses grupamentos são vinculados à Secretaria estadual de Administração Penitenciária.

Perfil dos líderes transferidos

Os sete criminosos transferidos são considerados presos de alta periculosidade e possuem condenações relacionadas predominantemente ao tráfico de drogas. Juntos, eles acumulam impressionantes 428 anos, 6 meses e 21 dias de prisão em sentenças já definidas pela Justiça.

A lista completa dos transferidos inclui:

  • Arnaldo da Silva Dias ("Naldinho") - 81 anos, 4 meses e 20 dias de pena
  • Carlos Vinicius Lírio da Silva ("Cabeça de Sabão") - 60 anos, 4 meses e 4 dias
  • Eliezer Miranda Joaquim ("Criam") - 100 anos, 10 meses e 15 dias
  • Fabrício de Melo de Jesus ("Bicinho") - 65 anos, 8 meses e 26 dias
  • Marco Antônio Pereira Firmino da Silva ("My Thor") - 35 anos, 5 meses e 26 dias
  • Alexander de Jesus Carlos ("Choque") - 34 anos e 6 meses
  • Roberto de Souza Brito ("Irmão Metralha") - 50 anos, 2 meses e 20 dias

Estratégia de desarticulação da facção

A transferência foi solicitada pelo governo do estado do Rio de Janeiro como parte das medidas adotadas após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. A estratégia busca cortar as comunicações dos líderes com a base da facção, dificultando a coordenação de atividades criminosas de dentro dos presídios.

Especialistas em segurança pública apontam que a transferência para presídios federais é uma medida eficaz para isolar lideranças criminosas e reduzir sua capacidade de comando sobre as operações do tráfico nas comunidades.

A operação representa mais um esforço das autoridades estaduais para enfraquecer estruturas do crime organizado que atuam no Rio de Janeiro, estado que historicamente enfrenta desafios significativos na área de segurança pública.