
Era uma tarde cinzenta de terça-feira quando pescadores avistaram algo sinistro flutuando nas águas turvas da Lagoa dos Patos, em Votorantim. O que parecia ser apenas mais um saco de lixo escondia um segredo macabro: restos humanos meticulosamente embrulhados — a última pista do desaparecimento de Nicolly Kettlyn, 17 anos.
A polícia não perdeu tempo. "Quando abrimos a sacola, o cheiro era de morte recente", relatou um delegado que pediu anonimato. Os peritos confirmaram: eram fragmentos do corpo da adolescente, desaparecida desde 15 de julho após sair para um encontro que nunca terminou.
Detalhes que arrepiam
O laudo preliminar é de cortar o fôlego:
- Múltiplas fraturas no crânio
- Marcas de faca no torso
- Evidências de estrangulamento
"Isso aqui foi trabalho profissional", murmurou um legista veterano, acostumado a cenas fortes — mas não tanto. A família, em choque, recebeu a notícia com gritos que ecoaram pelo bairro simples onde Nicolly sonhava ser enfermeira.
Teia de suspeitos
Dois nomes circulam nos corredores da delegacia:
- Ex-namorado com histórico de ciúmes violentos
- Amigo "estranho" visto pela última vez com a vítima
"Ele sempre dava em cima dela, mesmo sabendo que ela não queria", contou uma colega de classe, os olhos vermelhos de tanto chorar. Nas redes sociais, posts misteriosos do suposto assassino — agora apagados — falavam em "amor que dói".
A lagoa, normalmente pacata, virou palco de uma tragédia que lembra roteiro de filme B. Moradores evitam o local após o pôr-do-sol, temendo que o assassino — ainda solto — possa voltar. Enquanto isso, velas e fotos de Nicolly se multiplicam na frente da casa onde ela cresceu, um retrato em preto-e-branco sorrindo para sempre congelado no tempo.