
Era pra ser um espaço de fé e cura, mas virou cenário de pesadelo. A polícia de Mato Grosso do Sul está com as mãos cheias investigando um suposto pai de santo que, em vez de guiar, teria aterrorizado fiéis durante rituais de Candomblé. Mulheres relatam sessões que mais pareciam cenas de filme de terror – e não é exagero.
Segundo os depoimentos, o que começava como cerimônia religiosa descambava para humilhações sistemáticas. "Parecia mais um campo de tortura do que um terreiro", contou uma das vítimas, que pediu para não ser identificada. Medo de represálias, sabe como é?
Os detalhes que arrepiam
Entre os relatos chocantes:
- Prisões em cubículos sem ventilação por até 72 horas
- Privação de água e comida como "prova de fé"
- Marcas no corpo sugerindo uso de objetos cortantes
O delegado responsável pelo caso, que prefere não estampar jornais, foi enfático: "Isso não tem nada a ver com liberdade religiosa. É crime puro e simples". E olha que o homem já viu cada coisa nessa vida...
Comunidade dividida
Enquanto isso, os frequentadores do terreiro se dividem. Alguns juram de pés juntos que nunca presenciaram nada errado. Outros – esses mais quietinhos – murmuram sobre "excessos" que sempre foram varridos pra debaixo do tapete. "Na religião tem que ter disciplina, mas tem limite", soltou um vizinho, entre um gole de café e outro.
O Conselho de Umbanda e Candomblé do estado já soltou nota repudiando os supostos abusos. "Nossa tradição preza pelo acolhimento", diz o texto. Mas será que a fiscalização nesses espaços precisa ser mais rígida? A pergunta fica no ar.
Enquanto a investigação corre – e a polícia garante que corre mesmo –, as vítimas tentam reconstruir a vida. Uma delas, em tratamento psicológico, resume: "Fui atrás de luz e encontrei escuridão". Triste, não? O caso promete dar ainda mais o que falar.