Viúva de comerciante assassinado pode ser solta: MP recorre e acirra disputa judicial
MP recorre contra soltura de viúva de comerciante morto

Um novo capítulo judicial acirra os ânimos em um caso que chocou o litoral paulista. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com um recurso para tentar reverter a decisão da Justiça que determinou a soltura da viúva do comerciante Rogério de Souza da Silva, assassinado a tiros em agosto de 2023.

O crime que abalou Praia Grande

Rogério, de 45 anos, foi morto dentro de seu próprio veículo, estacionado em frente à residência do casal, no bairro Quietude, em Praia Grande. As investigações apontam que o crime ocorreu momentos após o comerciante confrontar a esposa sobre um suposto caso de traição.

Segundo as provas colhidas pelo MP, o casamento de 20 anos entrou em colapso quando Rogério descobriu mensagens trocadas entre a esposa e outro homem. A discussão que se seguiu teria culminado no assassinato.

Disputa judicial intensa

A defesa da viúva conseguiu uma vitória significativa junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que concedeu habeas corpus determinando sua soltura. Os advogados argumentaram que ela responde ao processo em liberdade e não representa risco à ordem pública.

Porém, o MP-SP reagiu imediatamente, apresentando um agravo de instrumento para tentar anular a decisão. Os promotores sustentam que existem "elementos concretos de autoria e materialidade" que justificam a manutenção da prisão preventiva.

Próximos passos do caso

O recurso do Ministério Público agora será analisado pela 2ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Enquanto isso, a ordem de soltura permanece suspensa, mantendo a acusada na prisão.

Este caso continua a gerar intenso debate sobre a aplicação da lei em crimes passionais e a ponderação entre o direito à liberdade e a necessidade de garantir a investigação e o processo penal.