MP investiga mortes de presos em presídio da Grande BH: quase 20 casos em apuração
MP investiga 20 mortes em presídio da Grande BH

O cenário é sombrio. Dezenove vidas perdidas entre quatro paredes cinzas, onde o ar pesa mais que as grades. O Ministério Público mineiro está com a lupa em cima de uma série de mortes que aconteceram num presídio da região metropolitana de Belo Horizonte — e o que se vê não cheira bem.

Segundo fontes próximas ao caso, os óbitos ocorreram num intervalo curto demais para ser coincidência. Alguns detentos teriam apresentado sintomas parecidos antes de morrer, o que acendeu o alerta vermelho nos gabinetes do MP. Será que estamos falando de falhas médicas? Condições subumanas? Ou algo pior?

O que se sabe até agora:

  • As mortes aconteceram entre julho e agosto deste ano
  • Familiares relatam demora no atendimento médico
  • Alguns corpos apresentavam sinais incomuns
  • O presídio já tinha histórico de superlotação

Um advogado que prefere não se identificar — porque sabe como essas coisas funcionam — me contou que três famílias diferentes ouviram a mesma desculpa esfarrapada: "morte natural". Só que quando três pessoas jovens morrem "naturalmente" na mesma semana, até meu cachorro desconfia.

E o sistema?

Enquanto isso, a Secretaria de Administração Prisional jura de pés juntos que segue todos os protocolos. Mas sabe como é né? Quando a conta não fecha, alguém sempre paga o pato — geralmente os que já estão por baixo.

O caso tá pegando fogo nas redes sociais. Uma mãe desesperada postou vídeo mostrando a cela onde o filho ficou doente: "Era mais úmido que porão de igreja, com mofo até no teto". Difícil não ficar com a pulga atrás da orelha.

Agora o MP corre contra o tempo para desvendar esse mistério. Promotoras estão coletando depoimentos, laudos médicos, qualquer fio que leve ao novelo da verdade. Porque no fim das contas, mesmo atrás das grades, todo mundo tem direito a pelo menos duas coisas: ar limpo e um julgamento justo.