
Parece coisa de filme, mas é a pura realidade. MC Poze do Rodo, um dos nomes mais quentes do funk atual, vai ter que encarar os holofotes do Senado. E não é por causa de nenhum show ou lançamento musical.
Acontece que a tal Comissão Parlamentar de Inquérito — aquela CPI que tá investigando a atuação das milícias no Rio — resolveu chamar o artista para dar uns esclarecimentos. E o motivo? Bom, aí é que está o busílis.
O caso do carro que voltou num piscar de olhos
No último dia 10, uma situação que seria comum para muitos cariocas ganhou contornos de novela. O carro do funkeiro foi roubado na Zona Norte do Rio. Até aí, triste rotina. O que ninguém esperava era que, em questão de horas — repito, horas —, o veículo aparecesse intacto, como se nada tivesse acontecido.
Pergunta que não quer calar: como diabos isso foi possível? Num país onde recuperar um bem roubado pode virar uma via-crúcis de meses — quando acontece —, a agilidade deixou todo mundo de cabelo em pé.
Os senadores não engoliram a história
O relator da CPI, senador Jorge Kajuru, não perdeu tempo. Na terça-feira, ele anunciou que o artista seria convocado oficialmente. "Precisamos entender essa eficiência toda", disse ele, com aquela cara de poucos amigos.
E não é para menos. Enquanto cidadãos comuns esperam semanas — quando não meses — por uma resposta da polícia, a rapidez nesse caso específico levantou mais sobrancelhas do que novela das oito.
Ah, a ironia do destino! O próprio MC Poze havia postado nas redes sociais, há alguns meses, reclamando da demora na recuperação de outro veículo seu. Dessa vez, porém, a história foi bem diferente.
O que realmente está por trás dessa convocação?
Os parlamentares querem saber se houve algum "atalho" nesse processo. Seria tratamento diferenciado? Contatos influentes? Ou simplesmente uma feliz coincidência?
- A velocidade da recuperação
- As circunstâncias do roubo
- Possíveis conexões com milícias
- O funcionamento real das delegacias
O caso virou uma espécie de símbolo — e dos mais eloquentes — das desigualdades no acesso à segurança pública. Enquanto uns esperam eternamente, outros têm seus problemas resolvidos na velocidade da luz.
E agora, meu povo? O funkeiro vai ter que encarar o circo de horrores que é uma CPI. Imagina a cena: os senadores de um lado, com suas perguntas capciosas, e o artista do outro, tentando explicar o inexplicável.
Resta saber se essa convocação vai esclarecer algo ou se será apenas mais um capítulo na novela "Brasil: onde a justiça é lenta para uns e rápida para outros".