PF Desmantela Esquema de Fraude em Concursos com Aparelhos no Ouvido
Fraude em concursos: PF prende grupo com aparelhos no ouvido

Imagine fazer uma prova de concurso público com um aparelho de recepção instalado dentro do seu ouvido. Parece roteiro de filme de espionagem, mas era a realidade desvendada pela Polícia Federal nesta quarta-feira.

A operação, batizada de 'Silêncio Operante', expôs uma quadrilha especializada em fraudar concursos de alto escalão. E o método? Bem, era coisa de cinema mesmo.

O esquema que enganava fiscais

Os criminosos contavam com ajuda médica — sim, você leu certo — para colocar minúsculos dispositivos eletrônicos no canal auditivo dos candidatos. A coisa era tão bem montada que os fiscais nem desconfiavam.

Como funcionava na prática? Alguém do lado de fora da sala de prova enviava as respostas via transmissor. O candidato recebia tudo discretamente, sem precisar olhar para lado nenhum. Uma verdadeira aula de como burlar o sistema, só que para o lado errado.

As investigações que desmontaram o esquema

A PF começou a desconfiar quando notou um padrão estranho em vários concursos. Certos candidatos sempre acertavam questões específicas de forma suspeita. Coincidência? A polícia achou que não.

As investigações revelaram que o grupo atuava há pelo menos dois anos. Eles recrutavam principalmente candidatos para cargos de alto salário, onde a concorrência era ferrenha e a recompensa, vale ouro.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três estados diferentes. A coisa era grande, espalhada pelo país como praga em dia de vento.

As consequências para os envolvidos

Os investigados agora respondem por formação de quadrilha e fraude em concursos públicos. Se condenados, podem pegar até oito anos de cadeia. Um preço alto por querer levar vantagem.

E os candidatos que participaram do esquema? Bem, além de responderem criminalmente, perderam a chance de assumir os cargos. Alguns já havido sido nomeados — imagine a frustração de ser pego no contrapé.

O caso serve como alerta para quem pensa em dar um jeitinho. A tecnologia avança, mas a fiscalização também. E no final, a lei sempre alcança.