Um ex-delegado, condenado a 18 anos de prisão por estuprar a própria neta em um hotel no interior de São Paulo, faleceu neste sábado (29). O caso, que chocou a região, ganhou destaque nacional devido à gravidade do crime e ao cargo ocupado pelo acusado.
O crime ocorreu em 2020, quando a vítima, então com 13 anos, foi levada pelo avô a um hotel na cidade. O homem, que à época era delegado, abusou sexualmente da adolescente. O caso veio à tona após a jovem relatar o ocorrido à mãe, que imediatamente acionou as autoridades.
Condenação e repercussão
Em 2023, após um longo processo judicial, o ex-delegado foi condenado a 18 anos de prisão. A sentença destacou o abuso de autoridade e a violação da relação de confiança entre avô e neta. A defesa recorreu da decisão, mas o Tribunal de Justiça manteve a pena.
O caso gerou grande comoção na região, levantando debates sobre violência sexual contra menores e a impunidade em crimes cometidos por autoridades. A morte do ex-delegado, antes do cumprimento integral da pena, reacendeu a discussão sobre a eficácia do sistema judiciário brasileiro.
Reações
Organizações de defesa dos direitos das crianças e adolescentes lamentaram o desfecho. "É uma tragédia que a vítima não veja a justiça plenamente realizada", declarou uma representante de ONG local. Já colegas de profissão do falecido preferiram não comentar o caso.
As investigações também apuraram possível omissão de outros policiais que teriam conhecimento prévio dos abusos, mas nenhum outro envolvimento foi comprovado.
