
Era pra ser apenas mais um dia normal no salão de beleza no coração de Cuiabá. Mas o que uma cliente encontrou escondido entre tinturas e tesouras transformou a rotina do estabelecimento em um verdadeiro episódio policial.
Segundo a Polícia Militar, tudo começou quando uma mulher — vamos chamá-la de «Cliente Indignada» — descobriu um pacote com cocaína enquanto aguardava seu horário. Imagina só: você está lá, tranquila, esperando para cortar o cabelo e... pimba! Encontra drogas no local. Não deu outra: ela ligou imediatamente para a polícia.
Os PMs chegaram rápido ao endereço na Rua Joaquim Murtinho, no centro da capital mato-grossense. E não era pouco não: apreenderam 20 porções de cocaína, 13 pacotes de crack e até R$ 295 em dinheiro — que, suspeita-se, seria fruto do vendinha nada legal do cabeleireiro.
O dono do salão, um homem de 37 anos, foi detido na hora. Em depoimento, ele tentou argumentar que as drogas eram para uso próprio. Só que... 20 porções de cocaína? 13 de crack? Até a polícia estranhou a quantidade — cheirinho de tráfico, literalmente.
O caso foi parar na Central de Flagrantes, e o homem agora responde por tráfico de drogas. A defesa dele, claro, vai tentar reverter a situação. Mas, convenhamos: fica difícil explicar tanto pó em um salão de beleza.
O que me faz pensar: quantos outros estabelecimentos por aí podem estar usando a fachada de serviços legítimos para esconder negócios escusos? Cuiabá, como qualquer grande cidade, vive essa dualidade — de um lado, o comércio formal; do outro, a economia subterrânea que insiste em brotar.
E olha que ironia: um espaço dedicado à beleza e autoestima transformado em ponto de venda de destruição. Uma tristeza, não?