Agente de Segurança do Ceará é Investigado por Receber Salário do Estado Enquanto Cursa Medicina no Paraguai
Agente do Ceará investigado por salário no Paraguai

Eis que surge mais um daqueles casos que fazem a gente coçar a cabeça e perguntar: como é que essas coisas passam despercebidas? Um agente de segurança cearense, lotado no sistema prisional, está na mira da Justiça por uma situação no mínimo... digamos, peculiar.

O sujeito, cujo nome a gente ainda não pode soltar por questões legais, tá recebendo bonitinho seu salário de agente penitenciário do estado do Ceará. Até aí, tudo normal, direito dele. O problema é que ele não tá por aqui para cumprir suas funções. Na verdade, ele está bem longe – no Paraguai, para ser mais exato.

E o que ele faz no país vizinho? Ah, nada demais, só cursando medicina, uma graduação que consome tempo integral. Há mais de um ano! Como é que alguém consegue conciliar um emprego de agente de segurança no Ceará com os plantões e estudos de medicina em outro país? Essa é a pergunta de um milhão de dólares que a investigação tenta responder.

A Denúncia que Acendeu o Alerta

Tudo começou com uma denúncia anônima – aquelas que sempre chegam com cheiro de confusão. A Promotoria de Justiça de Juazeiro do Norte não fez corpo mole: pediu e conseguiu na Justiça que a Polícia Civil abrisse um inquérito para apurar a parada toda.

Os investigadores não perderam tempo. Primeira coisa que fizeram foi checar os registros de entrada e saída do país do tal agente. E adivinha? Bingo! Vários comprovantes de que ele realmente passou longos períodos no Paraguai, coincidindo perfeitamente com o calendário acadêmico de medicina por lá.

O Silêncio que Fala Demais

Aqui vem a parte que eu acho mais curiosa: a defesa do agente, por meio de seu advogado, simplesmente... não se manifestou. Nada. Zero. Silêncio total quando a reportagem foi atrás de uma explicação. Às vezes, o que não é dito fala mais alto que qualquer discurso, não acham?

Enquanto isso, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Ceará – que é quem paga o salário do cara – afirma que vai apurar internamente o caso. Mas confesso que fico pensando: como é que um funcionário some por mais de um ano e ninguém percebe? Onde estava o controle de frequência? O supervisor não estranhou a ausência?

As Possíveis Consequências

Se as acusações se confirmarem, o buraco é bem mais embaixo. Além de responder por improbidade administrativa, o agente pode ter que devolver todos os salários recebidos indevidamente – e isso dá uma grana preta, viu? Fora a demissão, que seria praticamente certa.

O caso também levanta questões mais amplas sobre fiscalização no serviço público. Quantos outros estarão fazendo a mesma coisa? Será que isso é um caso isolado ou a ponta de um iceberg? Perguntas que ficam no ar, esperando respostas que talvez nunca venham.

Enquanto a investigação corre – e torcemos para que corra rápido –, o contribuinte cearense continua bancando curso de medicina no exterior para quem deveria estar trabalhando aqui. Ironia das grandes, não?