A coisa começou como tantas outras noites por aquelas bandas – música alta, gente animada, bebida correndo solta. Quem diria que uma festa aparentemente normal em Tangará da Serra, lá no Mato Grosso, terminaria em tragédia? Pois é, a vida prega dessas peças sometimes.
O caso, que já completa alguns anos, voltou à tona agora com uma sentença que deixou todo mundo falando. O juiz Marcelo de Almeida Silva, da 2ª Vara Criminal, não teve dúvidas: 19 anos de cadeia para um homem de 37 anos pela morte de um jovem de 24. E o método? Dos mais cruéis que você pode imaginar.
O que exatamente aconteceu naquela noite?
Segundo as provas que foram juntadas no processo – e olha, não foram poucas – o tal sujeito misturou cocaína pura numa bebida alcoólica e serviu para a vítima. Uma combinação que os peritos descrevem como "potencialmente letal" desde o primeiro gole. O pior? Tudo indica que foi intencional, de caso pensado mesmo.
O laudo toxicológico não deixou margem para dúvidas: a vítima ingeriu uma quantidade absurda de cocaína, algo completamente fora de qualquer padrão recreativo. Alguém tinha colocado a droga ali de propósito, não havia outra explicação possível.
E aqui vem o detalhe mais sinistro de toda essa história: testemunhas relataram que o acusado ficou observando a vítima beber a tal mistura. Não avisou, não impediu, não fez nada. Só ficou olhando. Dá arrepios só de pensar, não dá?
Os desdobramentos judiciais
O Ministério Público entrou com a denúncia em 2022, mas o processo já vinha rolando desde 2020. Demorou, mas a justiça finalmente chegou. O juiz considerou que se configurou homicídio qualificado – e olha que as penas para esse tipo de crime são bem pesadas, como era de se esperar.
O defensor público João Victor Sales até tentou argumentar que não havia dolo (aquela intenção de matar), mas a estratégia não colou. As evidências eram fortes demais, consistentes demais. A sentença saiu no último 22 de agosto, mas só divulgada agora.
Ah, e tem mais: o cara vai ter que pagar uma indenização de R$ 150 mil para a família do jovem que morreu. Dinheiro algum vai trazer o filho de volta, mas é a forma que a justiça encontrou de pelo menos amenizar um pouco o sofrimento dos pais.
E agora?
O defensor já anunciou que vai recorrer da decisão – surprise, surprise. Enquanto isso, a família tenta seguir em frente, mas todo mundo sabe que uma perda dessas deixa marcas que não fecham nunca. O que me faz pensar: será que a gente realmente conhece as pessoas com quem a gente anda? Às vezes a gente acha que sim, mas...
O caso serve de alerta para muita coisa – desde os perigos das drogas até a importância de prestar atenção no que a gente consome. Mas principalmente mostra como atos impulsivos (ou calculados, who knows?) podem destruir vidas em segundos. Nineteen years behind bars. É muito tempo para pensar no que fez.
