A Polícia Civil de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, abriu um inquérito para investigar dois influenciadores digitais que se passaram por policiais civis durante gravações de pegadinhas. Os vídeos, que viralizaram nas redes sociais, mostram os criadores de conteúdo abordando cidadãos se identificando falsamente como agentes da lei.
Como Funcionava a Pegadinha Ilegal
De acordo com as investigações, os influenciadores utilizavam coletes táticos pretos com a inscrição "Polícia" e chegavam a mostrar supostos distintivos durante as abordagens. As vítimas eram surpreendidas pelas câmeras enquanto os criadores de conteúdo simulavam situações policiais rotineiras.
Risco Real e Consequências Graves
O delegado responsável pelo caso alerta que essa prática vai além de uma simples brincadeira de mau gosto. Imitar autoridades policiais configura crime de usurpação de função pública, previsto no artigo 330 do Código Penal, com pena que pode chegar a quatro anos de prisão.
Além do risco legal, especialistas em segurança destacam o perigo real que essa situação poderia gerar:
- Reação violenta de pessoas que se sentissem ameaçadas
- Confusão em situações de emergência real
- Descredibilização da imagem da polícia perante a população
- Risco de os influenciadores serem confundidos com criminosos se passando por policiais
Investigação em Andamento
A Polícia Civil já identificou os envolvidos e trabalha para localizá-los para prestarem depoimento. Os investigadores também analisam todos os vídeos publicados para dimensionar a extensão das falsas representações.
"Qualquer pessoa que se passe por policial, independentemente da intenção, comete crime. A população precisa entender que isso não é uma simples brincadeira para ganhar likes", afirmou fonte policial envolvida no caso.
Alerta para Criadores de Conteúdo
O caso serve como alerta para influenciadores digitais que buscam engajamento a qualquer custo. Especialistas em direito digital recomendam que:
- Todo conteúdo deve respeitar os limites legais
- Brincadeiras envolvendo falsa identificação são crime
- O consentimento das pessoas filmadas é fundamental
- O direito à imagem não pode ser violado em nome do entretenimento
Os investigados poderão responder criminalmente e, se condenados, terão que arcar com as consequências judiciais de suas ações.
