
O que começou como mais um caso de maus-tratos a animais ganhou contornos dramáticos no Tribunal de Justiça de São Paulo. E olha que a história é, no mínimo, perturbadora.
Um influenciador digital — cujo nome a gente evita mencionar para não dar ibope — agora encara uma acusação que faz qualquer um arrepiar: tentativa de homicídio. Sim, você leu certo. A coisa saiu do controle total.
Do veneno ao tribunal: a escalada jurídica
Acontece que o Ministério Público resolveu dar uma guinada radical no caso. Abandonou a velha acusação de lesão corporal — que já era grave — e partiu para o tudo ou nada. A promotoria tá argumentando, com uma convicção que impressiona, que o cara agiu com dolo direto. Em português claro: ele sabia muito bem o que tava fazendo.
E o que diabos ele fez, você me pergunta? Administrou uma substância tóxica no animal de propósito. Uma crueldade que, segundo os promotores, demonstrava intenção de matar. Não foi acidente, não foi negligência — foi escolha.
O papel crucial das testemunhas
Aqui é onde a coisa fica ainda mais interessante. Duas pessoas que presenciaram a cena toda — imagina o trauma — deram depoimentos que viraram o jogo. Elas confirmaram, sem sombra de dúvida, que o influenciador agiu de forma intencional. Nada de "foi sem querer" ou "eu não sabia".
O delegado Marcelo Farias, que conduziu as investigações, foi categórico: "As provas são robustas e as testemunhas foram claríssimas". E quando a polícia fala assim, é porque a coisa tá feia.
O que muda com a nova acusação?
Bom, a diferença não é pequena. Lesão corporal é uma coisa — tentativa de homicídio é outra completamente diferente. A pena pode ser bem mais pesada, e o estigma também. A gente tá falando de uma acusação que normalmente se reserva para crimes contra pessoas, não animais.
Mas é exatamente aí que mora o pulo do gato (sem trocadilho): a promotoria tá tratando o caso com uma seriedade que raramente a gente vê em crimes contra animais. E isso, convenhamos, é no mínimo curioso.
O julgamento tá marcado para as 13h do dia 13 de novembro, na 1ª Vara do Júri de São Paulo. Vai ser no fórum criminal da Barra Funda, um daqueles lugares que já viram de tudo.
O que esperar do desfecho?
Difícil dizer. O Brasil ainda é um país onde crimes contra animais muitas vezes passam em branco — mas esse caso tá mostrando que as coisas podem estar mudando. A decisão do TJSP de aceitar a mudança de acusação já é, por si só, um precedente importante.
Enquanto isso, o gato — o verdadeiro protagonista dessa história triste — segue vivo. Milagre ou resistência? Quem sabe um pouco dos dois. O que importa é que sobreviveu para, de alguma forma, ver justiça sendo feita.
E o influenciador? Bem, ele vai ter que encarar não só a Justiça tradicional, mas também a dos algoritmos. Porque depois de uma acusação dessas, duvido que a carreira digital se recupere tão cedo.