
Numa cena que parecia saída de filme de ação — mas com um desfecho bem menos glamouroso —, um garoto de 17 anos botou o bairro do Stiep, em Salvador, em polvorosa nesta sexta-feira (26). O motivo? Uma réplica de fuzil tão convincente que até quem só viu de relance jurou que era de verdade.
Por volta das 15h, a PM baiana recebeu ligações desesperadas: "Tem um homem armado na rua!" Só que, quando chegaram no local, a realidade era outra — mas nem por isso menos preocupante. O "homem armado" era um adolescente magricela, com uma arma de brinquedo que, de longe, dava um susto dos bons.
O que aconteceu de verdade
Testemunhas contam que o moleque tava fazendo graça, posando pra fotos como se fosse um personagem de Call of Duty. Só que a brincadeira, que pra ele devia parecer inofensiva, causou um rebu danado:
- Pessoas fecharam comércios às pressas
- Um mototaxista quase bateu ao frear bruscamente
- Idosos se esconderam em casa com medo de tiroteio
Quando os PMs chegaram, o garoto — que até então parecia não entender a gravidade da situação — tentou argumentar que "era só uma zoeira". Mas aí já era tarde demais.
As consequências da "brincadeira"
O delegado plantonista não comprou a história do adolescente. "Isso não é piada. Poderia ter terminado com alguém ferido ou pior", disparou, enquanto anotava os detalhes do caso. A réplica foi apreendida e o jovem levado pra delegacia, onde os pais foram chamados às pressas.
E olha que a situação poderia ter sido ainda pior: em tempos onde casos reais de violência armada pipocam diariamente, os policiais admitiram que a abordagem poderia ter sido diferente se achassem que a arma era real. "A gente não brinca em serviço", comentou um dos PMs, visivelmente irritado.
Moradores da região, ainda assustados, dividiam opiniões na calçada: uns achavam exagero a prisão, outros defendiam que o susto serviu de lição. "Esse menino não sabe a sorte que teve", resmungou uma senhora, enquanto arrumava as mercadorias que derrubou ao correr pra se proteger.