Romênia sofre nova invasão de drones russos e soa alerta na OTAN: o que está por trás?
Romênia detecta drones russos em seu espaço aéreo

Parece que a tensão na Europa Oriental não dá trégua — e agora a Romênia entrou de vez no radar dos conflitos. Não é brincadeira não. O Ministério da Defesa romeno confirmou nesta segunda-feira (15) que três drones não identificados, muito provavelmente de origem russa, violaram seu espaço aéreo no domingo à noite.

Não é a primeira vez, mas cada vez soa mais grave. Dessa vez, os drones foram detectados próximo à cidade de Brăila, beirando a fronteira com a Ucrânia. Um deles chegou a ser abatido pelas forças de defesa romenas. Os outros dois… bem, sumiram do radar. Sumiram! E ninguém sabe ao certo onde podem ter caído — ou pousado.

Não é coincidência. É padrão.

Ah, e se você pensa “lá vem a Rússia outra vez”, acertou. Essa é a segunda vez em pouco mais de um mês que a Romênia relata esse tipo de incidente. Em agosto, foram vestígios de um drone que teria explodido em uma área não habitada. Agora, a tática — se é que podemos chamar assim — parece mais ousada.

E não para por aí: a Moldávia, vizinha da Romênia, também reportou na madrugada de domingo fragmentos de um drone caindo perto de sua fronteira com a Ucrânia. Dois países, uma mesma noite, um mesmo suspeito: Moscou.

Mas o que a Rússia estaria fazendo?

Bom, especialistas em defesa acreditam que os drones podem estar relacionados aos ataques russos contra portos ucranianos no Danúbio — que ficam pertinho da fronteira romena. É jogo de poder, é teste de limites, é provocação. Talvez os três juntos.

A Romênia, vale lembrar, é membro da OTAN — a aliança militar ocidental. E aí o buraco fica mais embaixo. Violar o espaço aéreo de um país da OTAN não é algo que se ignore. Não deveria, pelo menos.

O governo romeno já condenou veementemente os ataques russos contra alvos civis ucranianos — que, por sinal, estão se tornando cada vez mais frequentes e mortais. E agora, com drones caindo (ou quase) em seu quintal, a postura deve ficar ainda mais firme.

A questão que fica — e aqui vai um pensamento mais solto — é: até onde o Kremlin vai testar a paciência do Ocidente? E o que acontecerá se, numa dessas, um drone cair não num campo vazio, mas em uma cidade?

Enquanto isso, a Romênia segue em alerta. Reforçou a vigilância na fronteira, acionou aliados e prometeu transparência — ainda que com dados escassos. O medo agora é que esses incidentes, longe de serem acasos, viraram a nova normalidade numa guerra que não respeita mais fronteiras.