EUA bombardeiam 2 barcos no Pacífico: 6 mortos em operação antinarcóticos
EUA bombardeiam barcos no Pacífico: 6 mortos

Os Estados Unidos realizaram novos bombardeios no Oceano Pacífico, resultando na morte de seis suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) pelo secretário de Guerra americano, Pete Hegseth, através da rede social X.

Detalhes do ataque no Pacífico

O ataque ocorreu no domingo (9) em uma região próxima à América Latina. De acordo com as informações oficiais, duas embarcações foram destruídas em operações descritas como "ataques cinéticos letais".

Pete Hegseth, representante do governo Trump, afirmou que havia três homens a bordo de cada uma das embarcações, totalizando seis fatalidades. Todos os suspeitos foram classificados como "narcoterroristas" pelas autoridades americanas.

Justificativa e autorização

Os bombardeios foram autorizados diretamente pelo presidente Donald Trump, conforme destacou o secretário em seu comunicado. "Sob ordens do presidente Trump foram realizados dois ataques cinéticos letais contra duas embarcações operadas por Organizações Terroristas Designadas", escreveu Hegseth.

Os Estados Unidos alegam que suas agências de inteligência tinham informações concretas sobre as atividades ilícitas das embarcações. "Nossos serviços de inteligência sabiam que essas embarcações estavam associadas ao contrabando de narcóticos ilícitos, transportavam narcóticos e transitavam por uma rota conhecida de tráfico de drogas no Pacífico Oriental", explicou o secretário.

Contexto das operações militares

Este último incidente eleva para 72 o número de pessoas mortas em operações americanas nos últimos dois meses. No período, 19 embarcações foram atacadas pelas forças dos EUA.

O governo Trump tem afirmado publicamente que está em guerra contra cartéis de drogas latino-americanos. Desde agosto, o republicano ordenou uma operação militar na região da América Latina contra esses grupos.

Entretanto, Washington não divulgou provas de que seus alvos estivessem envolvidos com o tráfico de drogas ou representassem uma ameaça imediata aos EUA. Em nenhum dos casos os suspeitos foram interceptados ou interrogados antes dos ataques.

O direito internacional estabelece que ataques contra pessoas só são permitidos quando estas representam um perigo iminente, exceto em contextos de conflito armado contra combatentes inimigos. Caso contrário, tais ações podem ser caracterizadas como assassinato.

Hegseth encerrou sua declaração reforçando a posição americana: "Sob a liderança do Presidente Trump, estamos protegendo a pátria e eliminando esses terroristas dos cartéis que desejam prejudicar nosso país e seu povo".