Tragédia na Argentina: brasileira morta em ataque violento
A aposentada brasileira Maria Vilma das Dores Cascalho da Silva Bosco, de 69 anos, morreu vítima de um ataque violento nas ruas de Buenos Aires na última quinta-feira, dia 5 de novembro de 2025. A idosa, que era servidora aposentada do Tribunal de Justiça de Goiás, estava visitando a filha na capital argentina quando foi agredida por um morador de rua.
Detalhes do ataque fatal
De acordo com informações da família, Maria Vilma havia saído de casa para pagar o aluguel do apartamento onde morava sua filha, Carolina Bizinoto, estudante de medicina na Universidade de Buenos Aires (UBA). Durante o caminho, foi surpreendida por um homem em situação de rua que, segundo testemunhas, apresentava sinais de transtornos mentais.
O agressor desferiu um soco violento contra a idosa, que caiu no chão e bateu a cabeça com força. O impacto causou um traumatismo craniano grave. Maria Vilma foi socorrida e levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no dia seguinte, quinta-feira, 6 de novembro.
Busca por justiça e repatriamento
O homem responsável pelo ataque foi preso imediatamente após o incidente, quando tentou agredir uma segunda pessoa nas proximidades. A Polícia da Cidade de Buenos Aires ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, e a motivação exata da agressão permanece sob investigação.
A família de Maria Vilma enfrenta agora o desafio de repatriar seu corpo para o Brasil. Nascida em Itapuranga, noroeste de Goiás, e moradora de Goiânia, a aposentada tinha forte ligação com sua terra natal. Sua filha Carolina iniciou uma campanha nas redes sociais para arrecadar recursos necessários para o translado.
Em publicação no Instagram, Carolina desabafou: "Todo o processo tem se mostrado extremamente burocrático e caro. Por isso, pedimos a ajuda de quem puder contribuir para encerrar esse ciclo tão doloroso".
Solidariedade e apoio institucional
A meta estabelecida no site Vakinha é de R$ 70 mil, valor necessário para cobrir todas as despesas do repatriamento. Até o momento, aproximadamente R$ 6.300 já foram arrecadados através de doações.
O governo de Goiás emitiu nota informando que o Gabinete de Assuntos Internacionais está em contato direto com o Itamaraty para agilizar os trâmites burocráticos. O comunicado oficial destacou que "a família não solicitou auxílio financeiro, apenas o intermédio institucional junto às autoridades federais".
Maria Vilma deixa um legado de mais de 20 anos de serviço público no TJGO, onde era conhecida por sua generosidade e paciência. Formada em Recursos Humanos, dedicou grande parte de sua vida ao trabalho na Justiça goiana antes de se aposentar. A autópsia do corpo está prevista para esta quarta-feira, 12 de novembro, enquanto a família aguarda a liberação dos restos mortais para o tão esperado retorno ao Brasil.