
Parece que a criatividade brasileira para inventar esquemas não conhece limites – e dessa vez, a conta chegou salgada. Nesta quarta-feira (10), a Receita Federal e a Polícia Federal botaram o pé na porta de um esquema de sonegação que tirava o sono de qualquer contribuinte honesto.
O prejuízo? Nada menos que R$ 244 milhões que deveriam estar financiando saúde, educação e infraestrutura, mas que foram parar no bolso de alguns espertinhos.
Como funcionava a artimanha?
Os investigadores detalharam uma teia complexa – e diga-se de passagem, bastante engenhosa – de fraudes com créditos tributários. Basicamente, as empresas envolvidas declaravam valores fictícios ou inflados para receber restituições que... bem, nunca deveriam ter saído do caixa público em primeiro lugar.
O esquema envolvia várias empresas – algumas de fachada, outras nem tanto – que trabalhavam em conluio para burlar o sistema. A PF executa 11 mandados de busca e apreensão só nesta fase da operação, batizada de 'Resgate' (que ironia, não?).
Os números assustam
R$ 244 milhões. É dinheiro que faz falta, né? Daria para construir hospitais, escolas ou asfaltar ruas. Mas em vez disso, alimentou a ganância de quem acha que as regras são para os outros.
As investigações começaram ainda em 2023 – sim, isso vem sendo apurado há tempos – e só agora a Justiça autorizou as medidas mais duras. A demora? Bem, investigação fiscal não é coisa que se faça no corre-corre do dia a dia.
E agora, o que acontece?
Além das buscas, os envolvidos respondem por crimes contra a ordem tributária – que pode render até 5 anos de cana, além de multas que doem no bolso. A Receita já está acionando a máquina para cobrar cada centavo desviado.
O pior de tudo? Esse tipo de fraude acaba prejudicando todo mundo. Quando alguns não pagam, a conta sobra para quem sempre paga em dia. E no final, somos nós – cidadãos comuns – que ficamos com os serviços públicos deficitários.
Operações como essa mostram que, por mais elaborado que seja o esquema, a lei sempre acaba chegando. Mesmo que demore um pouco.