
Uma verdadeira operação de guerra financeira está em curso no coração do Pará. Nesta quarta-feira (10), as forças federais acordaram Belém e Ananindeua com uma investida que promete virar o jogo contra a sonegação milionária no estado.
Imagine só: mais de R$ 100 milhões desviados dos cofres públicos. É dinheiro que deveria estar financiando hospitais, escolas e estradas, mas que acabou parando… bem, ninguém sabe exatamente onde ainda.
Os detalhes que assustam
A operação Poseidon – nome mais que apropriado para quem navegava em águas turbulentas do comércio exterior – cumpriu seis mandados de busca e apreensão. Dois deles aqui na capital, outros quatro na vizinha Ananindeua. Tudo coordenado pela Receita Federal com a Polícia Federal no comando das ações.
O alvo? Um grupo empresarial que, segundo as investigações, especializou-se em duas artes obscuras: sonegar impostos em valores estratosféricos e maquiar operações de comércio exterior como se fossem legítimas.
Como funcionava o esquema
Pelo que se apurou até agora, a jogada era complexa. Eles declaravam valores muito abaixo do real nas importações – às vezes até 70% mais baratos do que realmente custavam. A diferença? Sumia em contas fantasmas ou era repatriada por canais não exactly… convencionais.
E não eram migalhas. Estamos falando de um prejuízo fiscal que pode ultrapassar a casa dos cem milhões de reais. Só em ICMS, calcula-se que o estado tenha perdido algo em torno de R$ 30 milhões.
Quem paga o pato? Ora, você, eu, o comerciante da esquina… Todos nós que seguimos as regras enquanto outros cortam caminho.
O que esperar agora?
Os agentes federais estão vasculhando documentos contábeis, contratos, extratos bancários e tudo mais que possa ajudar a reconstruir esse quebra-cabeça financeiro. Computadores e celulares foram apreendidos – porque hoje em dia, até crime fiscal deixou digitais digitais.
E tem mais: a operação mira também crimes de sonegação correlatos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ou seja, não vai ficar por isso mesmo.
O Ministério Público Federal já tem os autos do inquérito e deve, em breve, oferecer denúncia contra os envolvidos. Enquanto isso, o Pará respira aliviado – mas ainda apreensivo. Porque desmontar esquemas como esse é como cortar a cabeça de uma hidra: sempre pode nascer outra.
Fato é que a mensagem ficou clara: o norte do país não será terra sem lei para quem brinca com o erário público. E dessa vez, parece que a casa caiu de verdade.