Stalking e Ameaça Digital: A Realidade Aterrorizante que Milhares de Mulheres Enfrentam na Internet
Stalking e ameaça: crimes digitais contra mulheres

Os números são assustadores, pra ser sincero. Enquanto a gente navega tranquilamente pelas redes sociais, milhares de mulheres em Sorocaba enfrentam um pesadelo silencioso do outro lado da tela. Dados recentes da Secretaria de Segurança Pública pintam um quadro preocupante — e olha que isso é só a ponta do iceberg.

Stalking virtual e ameaças lideram com folga os crimes digitais contra mulheres na região. Não são casos isolados, não. A gente tá falando de uma epidemia que transforma celulares e computadores em instrumentos de terror.

Os números que não mentem

Pensa só: desde janeiro, a Delegacia Virtual de São Paulo registrou nada menos que 1.898 ocorrências de perseguição virtual só em Sorocaba. Um aumento absurdo se a gente comparar com o mesmo período do ano passado. E as ameaças? Outras 1.846 mulheres tiveram que lidar com esse tipo de violência.

Mas calma que tem mais — e pior. Difamação (245 casos), injúria (173) e falsa identidade (97) completam esse ranking macabro. São vidas sendo transformadas num inferno por causa de telas e teclados.

O perfil do agressor? Mais próximo do que você imagina

Aqui vem a parte que dá arrepios. Na maioria esmagadora dos casos, o autor é conhecido da vítima. Ex-namorados, colegas de trabalho, vizinhos — gente do convívio diário que resolve usar a tecnologia como arma.

É como se a internet tivesse dado superpoderes para pessoas que já representavam perigo. Só que agora elas agem com uma sensação perturbadora de anonimato.

E as vítimas? Todas as idades, todas as classes

Não existe um perfil único. Mulheres de 18 a 60 anos, de diferentes backgrounds sociais, todas igualmente vulneráveis nesse cenário digital que ainda parece terra sem lei.

O que mais me preocupa? Muitas ainda têm medo de denunciar. Acham que "não vai dar em nada" ou que "é exagero". Mas não é, definitivamente não é.

Como se proteger nesse cenário?

  • Documente tudo — prints, mensagens, e-mails. Tudo é prova potencial
  • Não delete nada — por mais doloroso que seja, mantenha os registros
  • Conte para alguém de confiança — não carregue esse peso sozinha
  • Bloqueie imediatamente — mas só depois de ter guardado as evidências

E o mais importante: denuncie. Sempre.

Onde buscar ajuda?

A Delegacia Virtual (www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br) está aí justamente pra isso. Você pode registrar a ocorrência sem sair de casa, o que pra muitas mulheres já é um alívio enorme.

Se a situação for mais grave — e só você sabe quando é —, a Delegacia de Polícia da Mulher de Sorocaba fica na Rua Doutor Álvaro Soares, 451, no Centro. O telefone é (15) 3219-3800.

E não subestime o perigo, por favor. O que começa como "só uma mensagem" pode escalar rapidamente para algo muito pior. Sua segurança vem em primeiro lugar, sempre.

No fim das contas, a tecnologia deveria ser nossa aliada, não é mesmo? Mas enquanto não aprendemos a usá-la com responsabilidade, o jeito é se proteger e saber que a lei — ainda que devagar — está começando a enxergar esses crimes com a seriedade que merecem.