Operação da PF desmantela quadrilha de hackers que fraudava milhões pelo PIX no Brasil
PF prende 8 suspeitos de ataques hacker ao sistema PIX

Eis que a Polícia Federal dá um golpe certeiro no coração do crime digital brasileiro. Numa operação que começou ainda de madrugada, agentes federais executaram oito mandados de prisão contra uma organização criminosa que especializou-se em um tipo de delito bastante moderno: atacar o sistema PIX para desviar fortunas.

Não eram amadores. A quadrilha — que atuava de forma coordenada em cinco estados diferentes — usava técnicas sofisticadas de engenharia social e invasão de dispositivos para aplicar golpes que somavam valores astronômicos. Sabe aquela sensação de que alguém está sempre um passo à frente? Pois é.

Como funcionava o esquema?

Os criminosos acessavam contas bancárias de pessoas e empresas através de malware — aquele software malicioso que infecta celulares e computadores. Uma vez dentro, faziam transferências via PIX para laranjas ou contas controladas por eles. Rapidamente, o dinheiro sumia numa cadeia de movimentações financeiras difícil de rastrear.

E não foi pouco. Estamos falando de milhões de reais desviados só nos últimos meses. Uma verdadeira máquina de fazer vítimas, que iam desde cidadãos comuns até pequenos empresários.

Os alvos da operação

Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. A investigação — batizada de Operação Perses — começou há meses, depois que várias instituições financeiras reportaram transações suspeitas em grande escala.

Os investigadores descobriram que o grupo se comunicava através de aplicativos criptografados e usava servidores no exterior para dificultar o trabalho das autoridades. Mas a PF não se intimidou.

"É uma resposta contundente ao crime organizado que se achava intocável no ambiente digital", comentou um delegado que acompanha o caso, preferindo não se identificar. E de fato: apreensões de computadores, celulares e documentos importantes ocorreram durante as buscas.

O recado ficou claro

Com essa ação, a Polícia Federal manda uma mensagem clara: o ambiente virtual pode ser fronteira nova, mas a lei alcança todos. E olha, não é pouca coisa — considerando que cada vez mais brasileiros dependem do PIX no dia a dia.

As investigações continuam, é claro. Afinal, crimes digitais deixam rastros — por mais que os criminosos tentem apagá-los. E agora, com parte da cúpula presa, novas delações e descobertas são esperadas.

Enquanto isso, a recomendação das autoridades segue a mesma: cuidado com links suspeitos, mantenha seus dispositivos protegidos e, ao menor sinal de transação não autorizada, relate imediatamente ao seu banco.