Era mais um dia de sol forte no interior baiano quando a situação explodiu. Dessa vez, não foi briga de família ou discussão por terra – o problema era outro, bem mais silencioso e lucrativo. Um homem, cujo nome ainda não foi divulgado, foi presa em flagrante no município de Castro Alves, no Recôncavo. O motivo? Uma investigação séria sobre furto e abate clandestino de gado.
Pois é. A coisa não era de hoje. A Polícia Civil da Bahia vinha seguindo pistas há tempos, naquele vai e vem de informações que só quem é do interior entende. Até que, na última sexta-feira, tudo se encaixou. Com um mandado de busca e apreensão nas mãos, os agentes bateram na porta do suspeito.
O que a polícia encontrou
E não foi pouco. Dentro da propriedade, a surpresa:
- Quase meia tonelada de carne bovina, embalada e pronta para sumir no mercado negro;
- Várias peles de boi, cruas e mal cheirosas, jogadas num canto como se fossem lixo;
- Ferramentas de abate – daquelas que cortam, serram e não perguntam nada;
- E até um carro e uma moto, que, segundo as investigações, serviam para transportar a mercadoria ilegal.
Não preciso nem dizer que o sujeito negou tudo, não é? Mas a evidência estava lá, exposta, cheirando a crime e incompetência.
Um problema que não é novo
Quem vive no campo sabe: roubo de animal é um dos crimes mais antigos do Brasil. E dos mais rentáveis, infelizmente. O gado some, vira carne sem origem, e ninguém viu nada. Só que, dessa vez, a jogada não colou.
O delegado responsável pelo caso deixou claro: a investigação continua. Afinal, será que ele agia sozinho? Tinha comparsas? Para onde ia toda essa carne? Perguntas que ainda vão dar pano pra manga.
Enquanto isso, o preso vai responder pelos crimes de furo qualificado e abate irregular. Se condenado, pode pegar até uma cadeia dos bons – coisa que, convenhamos, não seria nada mal para servir de exemplo.
No fim das contas, a operação foi um alívio para produtores da região, que vivem de olho aberto e porteira fechada. Porque no interior, quando o assunto é boi, a lei ou funciona – ou vingança vira moeda.
