A coisa toda começou com uma denúncia anônima, daquelas que deixam qualquer um com o estômago embrulhado. Alguém resolveu não ficar calado ao ver o que estava acontecendo num terreno em Pirapozinho, no interior paulista. E não é que a denúncia tinha fundamento?
Quando os fiscais ambientais chegaram lá, encontraram uma cena que beira o inacreditável. Dois cachorros — seres que merecem todo nosso respeito — viviam acorrentados 24 horas por dia. Imagina só: sem poder correr, brincar, fazer aquela voltinha básica que todo bicho precisa.
Condições que chocam
Mas a situação era ainda pior. Os animais não tinham acesso à água limpa, algo absolutamente essencial, principalmente com o calor que tem feito na região. A comida? Nem se fala — estava completamente estragada, imprópria até para o consumo humano, quem dirá para esses pobres coitados.
E como se não bastasse o sofrimento dos cães, o sujeito ainda mantinha 22 aves silvestres em cativeiro. Todas elas, pasmem, sem a menor autorização dos órgãos ambientais. É como se ele achasse que podia simplesmente pegar animais da natureza e trancafiá-los por aí.
A conta chegou
O resultado não poderia ser diferente: uma multa salgada de R$ 9.000,00. Nove mil reais! Dinheiro que daria para cuidar muito bem desses animais, aliás.
Os fiscais foram categóricos — o cara infringiu não uma, mas duas leis ambientais importantes. Primeiro, a que protege a fauna silvestre, impedindo justamente que pessoas capturem e mantenham animais sem permissão. Segundo, a lei estadual que trata especificamente de maus-tratos.
E agora, o que acontece?
Os cães, felizmente, foram resgatados dessa situação horrível. Já as aves silvestres — que, diga-se de passagem, nunca deveriam ter sido tiradas de seu habitat — foram encaminhadas para o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (CEMPAS). Lá, vão passar por avaliação e, quem sabe, poderão ser reintroduzidas na natureza, onde sempre deveriam ter permanecido.
O caso serve de alerta, né? Muita gente ainda acha que pode fazer o que quer com os animais, como se eles fossem objetos. Mas a lei está aí — e quando acionada, funciona. Resta saber se o valor da multa vai fazer o homem repensar suas atitudes.
O que você acha? Será que punições mais severas não seriam mais eficazes para coibir esse tipo de crime? É algo para refletirmos, especialmente numa época em que tanto se fala em compaixão e respeito aos animais.
