
Imagine acordar e descobrir que alguém tirou a vida de seus animais de estimação — e pior, que esse alguém é seu próprio filho. Foi esse o pesadelo vivido por uma moradora de Limeira, no interior de São Paulo, cujo filho foi condenado pela Justiça a pagar R$ 50 mil por enforcar cinco cães dela.
O caso que deixou a cidade em choque
Detalhes absurdos, pra dizer o mínimo. O rapaz, cujo nome não foi divulgado (e convenhamos, nem importa), usou um método cruel e calculista: enforcou os animais um a um. Não foi um ato impulsivo — foi planejado, demorado. E sabe o que é mais revoltante? A mãe só descobriu depois, quando já era tarde.
"É de cair o queixo", comentou um vizinho que preferiu não se identificar. "Quem faz isso com bicho indefeso é capaz de qualquer coisa."
Justiça age — mas será suficiente?
A sentença saiu na 2ª Vara Cível de Limeira: além da indenização (que, vamos combinar, não traz os bichinhos de volta), o agressor terá que arcar com custos processuais. Mas aqui vai um questionamento que fica: será que punições financeiras são o bastante nesses casos? Alguns especialistas em direito animal argumentam que não.
- Os cães eram de pequeno porte e viviam dentro de casa
- O Ministério Público comprovou maus-tratos através de laudos veterinários
- Valor da indenização será revertido para protetores independentes da região
Ah, e tem um detalhe que diz muito: segundo testemunhas, o rapaz nunca demonstrou remorso. Nem uma lágrima fingida. Nada.
O que a lei diz sobre crueldade animal?
Pela Lei 9.605/98, maus-tratos a animais pode render de 3 meses a 1 ano de detenção, além de multa. Mas na prática? Dificilmente vai pra cadeia — a não ser que o caso vire um circo midiático. Nesse cenário, a indenização acaba sendo a consequência mais palpável.
"Temos avançado na jurisprudência", explica a dra. Ana Lúcia, advogada especializada. "Mas ainda falta dente a essas leis. Um cachorro não é um objeto quebrado que você indeniza e pronto."
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso gerou uma enxurrada de comentários. De "tem que pegar cana" a "precisava de ajuda psicológica". E você, o que acha? Até onde vai a justiça quando o assunto é crueldade contra quem não pode gritar por socorro?