
Uma cena que corta o coração. Dez cachorros, esqueléticos e assustados, foram resgatados de um local em Caruaru que mais parecia um pesadelo. Cinco outros? Nem tiveram chance — encontrados mortos, em estado lastimável.
"A gente até espera encontrar situações ruins nesse tipo de operação, mas isso aqui...", disse um dos agentes, com a voz embargada. As marcas de negligência eram evidentes: falta de comida, água parada e sujeira acumulada há semanas. Alguns animais sequer conseguiam ficar em pé.
O que levou a isso?
Denúncias anônimas acenderam o alerta. Vizinhos relatavam latidos constantes — alguns fracos, outros desesperados. Quando a equipe chegou, o cheiro era tão forte que dava para sentir a metros de distância. "Parecia que o tempo tinha parado ali dentro", comentou uma moradora da região.
Os sobreviventes, todos vira-latas de porte médio, foram encaminhados para cuidados veterinários. Dois estavam tão debilitados que precisaram de soro imediatamente. "É um milagre estarem vivos", suspirou a veterinária responsável.
E agora?
- Investigadores trabalham para identificar os responsáveis
- ONGs locais se mobilizam para ajudar na recuperação dos animais
- Casos como esse reacendem o debate sobre leis mais rígidas contra maus-tratos
Enquanto isso, os cães resgatados começam o longo caminho da recuperação. Um deles, um macho castanho com manchas brancas, já ganhou apelido carinhoso da equipe: "Guerreiro". E não é pra menos — depois de tudo, ainda balançava o rabo ao receber um pedaço de frango.
Se depender da comoção nas redes sociais, esse caso não vai cair no esquecimento tão cedo. Mas será que vai ser suficiente para mudar algo? A pergunta fica no ar, assim como o cheiro de descaso que ainda impregna o local do resgate.