Cachorro em Estado Lastimável é Resgatado de Bar Interditado por Infrações Sanitárias em Uberlândia
Cachorro maltratado resgatado de bar interditado em Uberlândia

Uma cena que mistura indignação e compaixão tomou conta do centro de Uberlândia nesta sexta-feira, 13. Um bar, até então funcionando normalmente na Avenida Rondon Pacheco, revelava um segredo sombrio nos fundos do estabelecimento: um cachorro, visivelmente assustado e com sinais claros de negligência, vivia em meio a condições que beiravam o inacreditável.

Não era apenas o animal. A operação de rotina da Vigilância Sanitária municipal, que por acaso contou com a presença de uma fiscal do CRMV - Conselho Regional de Medicina Veterinária -, descobriu um verdadeiro cenário de horror. Latas de cerveja com data de validade vencida há tempos, pacotes de salgadinhos roídos por ratos e uma sujeira generalizada eram só o começo.

O que os fiscais encontraram?

Parece até roteiro de filme de terror, mas era pura e chocante realidade. Os fiscais se depararam com:

  • Infestação por roedores: Pacotes de alimentos claramente violados e fezes espalhadas pelas prateleiras.
  • Produtos totalmente vencidos: Bebidas que deveriam ter sido recolhidas do mercado há mais de um ano ainda eram oferecidas ao público.
  • Higiene zero: Falta total de limpeza, com gordura acumulada e equipamentos quebrados.
  • E, é claro, o cachorro: Um animal indefeso, preso naquele ambiente insalubre, sem os cuidados mais básicos.

O estabelecimento, cujo nome a gente nem merece repetir aqui, foi imediatamente interditado. A dona, uma mulher de 62 anos, foi levada para a delegacia para prestar esclarecimentos. Agora, ela responde por crimes ambientais – afinal, maus-tratos a animais é caso de polícia, sim – e por infrações sanitárias gravíssimas.

O que me deixa mais perplexo nessa história toda é a naturalidade com que algumas pessoas tratam a vida, seja dos clientes que consomem seus produtos, seja de um ser vivo que depende totalmente delas. O cachorro, um vira-lata de médio porte, foi resgatado pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses. Ele passou por avaliação veterinária e, graças a Deus, não tinha ferimentos graves – só a marca profunda do abandono e da falta de cuidado.

Ele já está seguro, recebendo alimentação adequada e muito carinho. O destino dele? Bom, depois de todo esse trauma, ele certamente merece um lar de verdade, com gente que entenda que animal é família, não um objeto que você deixa jogado no fundo de um bar imundo.

Enquanto isso, o caso segue nas mãos da Justiça. E torcemos para que seja um exemplo – que doa em quem precisa doer – de que esse tipo de conduta não será tolerada. Nem aqui, nem em lugar nenhum.