Justiça de SP mantém multa de R$ 50 mil e paralisa obra da Vai-Vai por falta de alvará
Justiça mantém multa e paralisa obra da Vai-Vai em SP

E aí, São Paulo? A justiça paulista acabou de dar um veredito que vai ecoar bem além dos barracões. O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão que paralisa as obras do novo sambódromo da escola de samba Vai-Vai — e olha que a multa não é das mais leves: R$ 50 mil.

Pois é. A coisa tá feia para uma das escolas mais tradicionais da cidade. A construção, localizada na Avenida Pedro Álvares Cabral, na Zona Oeste, foi embargada pela Prefeitura de São Paulo em março. O motivo? Falta de alvará de construção. Sim, algo básico — e crucial — simplesmente não existia.

Recurso negado: a justiça não deu trégua

A defesa da agremiação tentou reverter a situação. Alegou, perante a Justiça, que a paralisação causaria um "enorme prejuízo irreparável". Disse ainda que a obra estava em fase final, com mais de 90% executada. Mas o relator do caso, desembargador Luis Antonio de Almeida, não comprou a ideia.

Ele foi direto: a alegação de prejuízo "não se sustenta". Afinal, como justificar seguir em frente sem a documentação fundamental? A lei é clara, e a falta do alvará — um documento que atesta que a obra segue todas as normas — é uma irregularidade grave. Ponto final.

Não bastasse a multa salgada, a Prefeitura ainda emitiu um auto de infração. Ou seja, a escola não só pagará pelo erro, como terá que correr atrás do prejuízo (literalmente) para regularizar a situação.

E agora, Vai-Vai?

A situação joga uma lupa sobre um problema que vai muito além de uma obra. É sobre gestão, planejamento e, claro, o futuro do Carnaval paulistano. A Vai-Vai, que já enfrentou crises financeiras e administrativas, agora encara mais esse obstáculo.

O prazo final da obra estava marcado para outubro — agora, totalmente incerto. E a pergunta que fica é: como fica o desfile de 2026? A escola, que sempre foi sinônimo de ousadia e tradição, agora depende de uma corrida contra o tempo — e contra a burocracia.

Enquanto isso, a estrutura parada na Pedro Álvares Cabral virou um símbolo de como até os gigantes do samba podem tropeçar na batida do rigor da lei.