
Não é todo dia que o mar devolve à areia um segredo tão triste. Só nesta última semana, o litoral fluminense ficou mais pobre – e mais silencioso. Pelo menos 23 tartarugas marinhas, daquelas que cortam oceanos com uma graça milenar, foram encontradas sem vida. A cena se repetiu em Macaé e Maricá, duas joias da costa do Rio, e acendeu um alerta vermelho entre biólogos e moradores.
Parece que o universo resolveu pregar uma peça de mau gosto. Em Macaé, foram 14 animais recolhidos. Em Maricá, outros nove. A pergunta que não quer calar: o que está acontecendo com nossas águas? A equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) tá com a mão na massa, tentando desvendar esse mistério – e olha, não é trabalho fácil.
Ah, e detalhe: a maioria esmagera era da espécie Chelonia mydas, a famosa tartaruga-verde. Aquela mesma que a gente vê nos documentários, nadando com uma paz que até acalma a alma. Agora, imagine encontrar uma cena dessas? É de cortar o coração.
O Que Leva a Isso? As Principais Suspeitas
Bom, ninguém tá chutando bola fora aqui. As causas ainda são um ponto de interrogação, mas algumas pistas já pipocam no radar:
- Pesca fantasma: Aquelas redes perdidas no mar que viram armadilhas mortais
- Poluição por plástico: O velho e conhecido vilão dos oceanos
- Colisão com embarcações: O tráfego marítimo cada vez mais intenso
- Doenças ou toxinas naturais: Algo que a gente ainda nem desconfia
O pessoal do PMP-BS já levou os bichos para necropsia. É aí que a ficha pode cair – ou não. Às vezes o mar guarda seus segredos com unhas e dentes.
E Agora, José?
Enquanto os resultados não saem, a recomendação é clara: se você avistar um animal marinho encalhado ou morto, não mexe! Liga pro 0800 039 5005, que é a linha direta do PMP-BS. Eles sabem como lidar com a situação direitinho, sem colocar ninguém em risco.
É frustrante, né? A gente olha pro horizonte azul e pensa que tá tudo bem. Só que não tá. Essas mortes são um sinal amarelo – quiçá vermelho – de que a relação entre homem e natureza ainda tá muito desequilibrada. E o pior: a conta sempre chega.
O que você acha? Será que a gente ainda tem tempo de virar esse jogo? Ou já é tarde demais? Uma coisa é certa: o mar não esquece. E ele sempre devolve à praia o que a gente joga nele.