
Parece que alguém não leu o manual de boas práticas ambientais — e agora vai pagar caro por isso. Nesta segunda-feira (15), o Ibama aplicou uma multa pesada contra uma rede de supermercados do Distrito Federal flagrada cometendo um crime ambiental das bravas.
Segundo fiscais, a empresa estava usando uma Área de Preservação Permanente (APP) como se fosse seu lixão particular. Sim, você leu certo: enquanto vendem produtos "eco-friendly" nas prateleiras, por trás das cortinas jogavam entulho e resíduos comerciais onde não deviam.
Os detalhes que indignam
A operação de fiscalização pegou no flagra caminhões da rede despejando:
- Restos de alimentos
- Embalagens plásticas
- Resíduos de limpeza
- Até móveis velhos da loja
O valor da multa? Nada menos que R$ 50.800,00. E olha que a coisa podia ter sido pior — o Ibama considerou que foi "apenas" descarte irregular, não tendo encontrado resíduos perigosos.
O que diz a lei
Pela legislação ambiental brasileira, descartar lixo em área protegida é considerado crime gravíssimo. A multa mínima para esse tipo de infração começa em R$ 5 mil, mas pode chegar a milhões dependendo do dano causado.
E tem mais: além do prejuízo financeiro, a empresa agora está com a ficha suja no órgão ambiental. Qualquer nova infração pode resultar em penalidades ainda mais duras.
Procurada, a rede de supermercados se limitou a dizer que "está analisando os fatos" e que "sempre seguiu as normas ambientais". Difícil acreditar, não? Principalmente quando as provas estão lá, expostas ao ar livre — literalmente.
Moradores da região já vinham denunciando o problema há meses. "De repente começou a aparecer lixo demais, e o cheiro ficou insuportável", conta uma vizinha que preferiu não se identificar. "A gente sabia que vinha dos supermercados, mas não tinha como provar."
Pois é... Agora a prova está mais que feita. E o preço a pagar também.