Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) revela um dado preocupante: a Sabesp já está retirando das represas que abastecem a Grande São Paulo um volume de água maior do que antes da crise hídrica histórica de 2014. A informação acende um alerta sobre a segurança do abastecimento na região mais populosa do país.
Números que preocupam
De acordo com a pesquisa, atualmente são retirados dos reservatórios cerca de 70 metros cúbicos por segundo. Este patamar supera os níveis registrados antes do colapso hídrico que levou milhões de paulistanos a enfrentarem racionamento severo há uma década.
O estudo analisou dados do Sistema Integrado da Região Metropolitana de São Paulo, que inclui importantes represas como:
- Sistema Cantareira
- Alto Tietê
- Guarapiranga
- Rio Grande
- Rio Claro
Por que isso é alarmante?
Os pesquisadores destacam que o aumento na retirada de água ocorre em um contexto de mudanças climáticas evidentes, com alterações nos padrões de chuva e períodos de estiagem mais prolongados. A combinação entre maior demanda e incertezas climáticas cria um cenário de risco para o futuro.
"Estamos operando em um limite perigoso", alertam os especialistas envolvidos no estudo. "O fantasma de 2014 não está tão distante quanto imaginamos."
O que isso significa para a população?
Embora atualmente não haja risco iminente de desabastecimento, os dados indicam a necessidade urgente de:
- Ampliar investimentos em infraestrutura hídrica
- Implementar políticas de uso consciente da água
- Diversificar as fontes de abastecimento
- Fortalecer sistemas de monitoramento e alerta
A situação exige atenção constante de autoridades e da população para que os tempos difíceis de 2014 não se repitam na maior metrópole da América Latina.