
A cena é de cortar o coração. Onde antes havia água, agora só resta terra rachada e embarcações encalhadas. Em Colíder, no norte mato-grossense, a redução brusca do nível do reservatório pela Usina Hidrelétrica Colíder transformou completamente a paisagem local.
"Não tem mais água, meu amigo. Olha isso aqui!", desabafa um morador enquanto filma o cenário desolador. A filmagem, que viralizou, mostra o que era um porto ativo agora reduzido a um verdadeiro deserto de lama seca.
Da Prosperidade à Aridez
O que mais impressiona é a velocidade da mudança. Em questão de dias, o cenário foi completamente alterado. Barcos que antes navegavam tranquilamente agora estão literalmente no seco, impossibilitados de qualquer movimento.
Os prejuízos já começam a aparecer:
- Comércio local completamente paralisado
- Pescadores sem condições de trabalhar
- Transporte fluvial totalmente comprometido
- Ecossistema local em risco iminente
E o pior? A comunidade alega que não foi adequadamente avisada sobre a drástica redução. "A gente acordou e o porto tinha sumido", conta outro morador, ainda incrédulo com a situação.
O Outro Lado da Moeda
A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela usina, defende que a operação segue os protocolos estabelecidos. Mas será que protocolos levam em conta o impacto real na vida das pessoas?
A verdade é que o nível do reservatório baixou tanto que deixou à mostra estruturas que normalmente ficam submersas. Uma visão que, convenhamos, não é nada animadora.
Enquanto isso, a população local se pergunta: até quando essa situação vai persistir? E quais as consequências a longo prazo para a região?
Uma coisa é certa - o vídeo que circula nas redes sociais não mostra apenas um porto seco. Revela uma comunidade inteira à mercê de decisões que, aparentemente, ignoram seu cotidiano e sustento.