Microplásticos atingem tamanho nanométrico e desafiam estações de tratamento de água
Microplásticos nanométricos desafiam tratamento de água

Um estudo recente trouxe à tona uma preocupação crescente no campo ambiental: os microplásticos estão atingindo tamanhos tão reduzidos que se tornam praticamente indetectáveis pelos sistemas convencionais de tratamento de água. Essas partículas, que agora chegam à escala de nanômetros, representam um desafio sem precedentes para a infraestrutura de saneamento básico.

O tamanho do problema

Os microplásticos, fragmentos de plástico com menos de 5 milímetros, já eram conhecidos por sua presença generalizada no meio ambiente. No entanto, a nova pesquisa mostra que essas partículas estão se fragmentando ainda mais, alcançando dimensões nanométricas (um nanômetro equivale a um bilionésimo de metro).

Impacto nos sistemas de tratamento

As estações de tratamento de água, projetadas para filtrar partículas maiores, estão se mostrando ineficazes contra essas nanopartículas plásticas. Os pesquisadores alertam que:

  • Os métodos atuais de filtragem não capturam partículas nessa escala
  • Não existem tecnologias amplamente disponíveis para remoção eficiente
  • O problema pode se agravar com o tempo

Riscos para a saúde e ecossistemas

A presença desses microplásticos nanométricos na água tratada representa potenciais riscos:

  1. Podem ser absorvidos pelo organismo humano
  2. Possuem capacidade de transportar contaminantes químicos
  3. Afetam organismos aquáticos em nível celular
  4. Podem se acumular na cadeia alimentar

Os cientistas destacam a urgência em desenvolver novas tecnologias de filtragem e reforçam a necessidade de reduzir o uso de plásticos descartáveis, principal fonte desses contaminantes.