 
Um relatório alarmante do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que Mato Grosso está na contramão da preservação ambiental na Amazônia Legal. Enquanto todos os outros estados da região registraram quedas significativas no desmatamento, o estado mato-grossense apresentou um aumento de 4,8% na taxa de destruição florestal entre agosto de 2023 e julho de 2024.
Os números que preocupam
Os dados do PRODES, sistema que monitora o desmatamento por satélite, mostram que Mato Grosso derrubou 1.606 km² de floresta no período analisado. Este número coloca o estado em uma posição preocupante, especialmente quando comparado com os avanços dos vizinhos amazônicos.
"É um sinal de alerta que não podemos ignorar", analisa um especialista em monitoramento ambiental. "Enquanto a maioria avança na preservação, Mato Grosso está retrocedendo."
O cenário nos outros estados
- Amazonas: redução impressionante de 42,3%
- Pará: queda de 27,1%
- Rondônia: diminuição de 25,5%
- Acre: redução de 18,5%
- Maranhão: queda de 17,5%
- Roraima: redução de 15,6%
- Amapá: diminuição de 14,5%
- Tocantins: queda de 10,5%
O que explica esta situação?
Especialistas apontam que a expansão da fronteira agrícola e a pressão por novas áreas para cultivo podem estar entre os fatores que explicam este resultado atípico. Mato Grosso, sendo um dos maiores produtores de grãos do país, enfrenta o desafio de conciliar produção agropecuária com preservação ambiental.
"Precisamos urgentemente de políticas mais efetivas de combate ao desmatamento ilegal", defende um ambientalista local. "O aumento em Mato Grosso mancha o bom desempenho geral da Amazônia."
Impactos além das fronteiras
O desmatamento não afeta apenas o meio ambiente local. A destruição de áreas florestais em Mato Grosso tem consequências diretas para:
- O regime de chuvas em todo o centro-oeste
- A biodiversidade da região amazônica
- As metas brasileiras de redução de emissões de carbono
- A imagem do agronegócio nacional no exterior
Os dados do INPE servem como um termômetro importante para avaliar a efetividade das políticas ambientais em cada estado. Enquanto a maioria comemora avanços, Mato Grosso precisa correr contra o tempo para reverter esta tendência preocupante.
 
 
 
 
