Incêndio no Pantanal: 4 dias de combate ininterrupto em Corumbá
Incêndio no Pantanal já consumiu 12 mil hectares

Há quatro dias, uma força-tarefa composta por brigadistas e bombeiros militares trava uma batalha incessante contra as chamas que consomem o Pantanal de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. O incêndio, que teve início na última segunda-feira (24), já devastou aproximadamente 12 mil hectares na região da estrada do Porto da Manga.

Operação de combate às chamas

De acordo com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), vinculado ao Ibama, 15 brigadistas se revezam em turnos ininterruptos na área afetada. A operação conta com duas viaturas e um veículo utilitário especialmente preparado para acessar locais de difícil chegada, particularmente nas margens do rio Paraguai, onde o fogo se concentra com maior intensidade.

Os bombeiros da região se juntaram aos esforços de contenção, enfrentando desafios logísticos significativos. Grande parte do deslocamento é realizada a pé, devido à vegetação fechada característica do bioma pantaneiro, exigindo extrema cautela das equipes durante as operações.

Cronologia do desastre ambiental

O incêndio foi identificado pela primeira vez por volta das 8h30 da segunda-feira (24), e já às 9h daquele mesmo dia os brigadistas haviam iniciado o combate às chamas entre a Linha da União e uma área de fazenda, próximo à divisão entre as frentes de fogo.

Na terça-feira (25), as equipes trabalharam intensamente ao longo de todo o dia, estendendo as operações até as 4h da manhã de quarta-feira. Na quarta-feira (26), uma nova equipe assumiu o trabalho às 6h da manhã, concentrando esforços no foco que avançava em direção ao Porto da Manga.

Situação atual e perspectivas

O trabalho de contenção segue prioritariamente nas áreas do Porto da Manga e da Estrada Parque, enquanto outras duas frentes de incêndio já foram controladas pelas equipes. Ainda não há confirmação oficial sobre as causas que originaram o fogo, e as ações de combate continuam sem previsão de término.

As equipes mantêm uma atuação permanente, trabalhando 24 horas por dia para conter o avanço das chamas que ameaçam um dos biomas mais importantes do Brasil. A operação representa um dos maiores desafios recentes enfrentados pelos profissionais de combate a incêndios florestais na região pantaneira.