O que começou como uma fumaça distante rapidamente se transformou em um pesadelo ambiental. Na tarde desta quarta-feira (16), um incêndio de proporções alarmantes consumiu parte da vegetação às margens da Rodovia Mogi-Dutra, em Mogi das Cruzes — e, pelo jeito, a coisa não foi brincadeira.
Segundo testemunhas, as chamas avançavam como um "tsunami de fogo", engolindo tudo pelo caminho. Os bombeiros chegaram rápido, mas enfrentaram dificuldades por causa do vento, que teimava em espalhar as labaredas. "Parecia que o fogo tinha vida própria", comentou um motorista que passava pelo local.
Operação de combate
Pelo menos três viaturas do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas, além de um caminhão-pipa. Os profissionais usaram abafadores e água em grande quantidade para tentar controlar o estrago. Ainda assim, o fogo — teimoso que só ele — resistia em alguns pontos.
E não foi fácil. O vento, que nem sempre é bem-vindo nesses casos, dificultou o trabalho. "Quando a gente achava que tinha controlado, o vento levava uma faísca e lá vinha tudo de novo", explicou um dos bombeiros, visivelmente cansado.
Impacto ambiental
A área atingida, ainda não totalmente quantificada, é conhecida por abrigar espécies nativas da Mata Atlântica. Biólogos temem que animais silvestres tenham sido afetados — afinal, onde há fogo, há... bem, você sabe.
Moradores próximos relataram ter visto aves fugindo desesperadas. "Parecia um filme de desastre, mas era real", disse uma senhora que preferiu não se identificar. O cheiro de queimado, segundo ela, impregnou o ar por horas.
O que causou?
Aí é que está o mistério. As autoridades ainda investigam as causas, mas já descartaram — pelo menos por enquanto — a possibilidade de um raio, já que o tempo estava seco. Seria ação humana? Acidente? Má-fé? Ninguém sabe ao certo, mas a Polícia Ambiental já está no caso.
Enquanto isso, a recomendação é evitar a região. A fumaça, além de prejudicial à saúde, reduz a visibilidade na rodovia. E ninguém quer um problema em cima do outro, não é mesmo?
