Incêndio Devasta Quatro Hectares de Cana em Fronteira Tríplice: Ibitinga, Borborema e Iacanga em Alerta
Incêndio devasta 4 hectares de canavial em SP

O céu, normalmente de um azul sereno do interior paulista, tornou-se uma cortina espessa e ameaçadora de fumaça cinzenta nesta quarta-feira (20). De repente, sem avisar, o fogo decidiu fazer a sua festa. E que festa danada, hein? Um incêndio de meter medo, mesmo, tomou conta de nada menos que quatro hectares – ou seja, uma área gigantesca – de um canavial que fica justamente no meio daquela confusão de divisa entre Ibitinga, Borborema e Iacanga.

Pensa na cena: as chamas avançando rápido, com um barulho de assustar, comendo o verde da plantação e soltando aquela fumaça que dá até para ver de longe. O pior inimigo? O vento. Ele simplesmente não deu trégua, soprando com uma insistência que só ajudava o fogo a correr mais, espalhando o terror por uma área que já é considerada enorme e de difícil acesso para os heróis de plantão.

Corrida Contra o Tempo e o Vento

Os bombeiros, coitados, foram acionados quase que no desespero, por volta das 15h. Eles chegaram lá e se depararam com um verdadeiro pesadelo. Não é brincadeira não. Combater um incêndio rural desses é uma das tarefas mais difíceis que existem. O terreno é irregular, o mato é seco e o vento… ah, o vento era simplesmente traiçoeiro, mudando de direção e espalhando as brasas para todo lado, como se estivesse brincando de jogar faíscas.

As equipes tiveram que ser muito estratégicas, tentando criar aqueles aceiros – uns corredores sem vegetação – para tentar encurralar o fogo e impedir que ele fosse para áreas ainda maiores. Trabalho de formiguinha, sujo, perigoso e que exige uma coragem que pouca gente tem. Até o momento, a gente fica naquela angústia: ainda não dá para saber o que começou com isso tudo. Seria uma bituca de cigarro jogada de qualquer jeito? Uma queima controlada que, do nada, fugiu do controle? Ou algo ainda mais complicado? A verdade é que ninguém sabe, e a investigação vai ter que ser caprichada.

O que Isso Significa Para a Região?

Para além da destruição imediata – e acredite, quatro hectares de cana é uma perda econômica e tanto para o produtor –, um drama desses joga uma luz cruel sobre um problema que a gente teima em ignorar. A região central de São Paulo vive uma seca desgraçada, com um tempo seco que deixa a vegetação tão ressecada que qualquer faísca vira um inferno. É um prato cheio para desastres assim.

É aquela velha história: a gente só lembra de prevenir quando o problema já está batendo na porta. Enquanto as equipes se matavam para apagar o fogo, a pergunta que não quer calar é: será que estamos mesmo preparados para lidar com esses eventos, que parecem estar ficando cada vez mais comuns e mais intensos? A impressão que dá é que estamos sempre correndo atrás do prejuízo, apagando incêndio literalmente, em vez de impedir que eles comecem.

O alerta, claro, segue para toda a população da região. Com tempo seco e ventos fortes, o risco de novas ocorrências é altíssimo. Qualquer descuido mínimo, qualquer brasinha mal apagada, é combustível mais que suficiente para uma nova tragédia ambiental.