Em um movimento estratégico durante a reta final da COP 30, o governo federal deu um passo crucial na política ambiental ao aprovar, nesta segunda-feira (15), o chamado Plano Clima. Este documento tem a missão de orientar, colocar em prática e acompanhar as ações do país com o objetivo central de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
O que é o Plano Clima e seus objetivos
O relatório é um desdobramento direto da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), que é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente. A meta mais ambiciosa do plano é zerar as emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) até o ano de 2050. Paralelamente, ele busca promover a adaptação do Brasil aos efeitos já sentidos das mudanças climáticas, através de estratégias desenhadas para curto, médio e longo prazos.
O Plano Clima se consolida como a principal ferramenta para transformar em ações concretas os compromissos climáticos que o Brasil assumiu em sua NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada). Esta NDC foi apresentada em novembro de 2024, durante a COP29, que aconteceu em Baku, no Azerbaijão.
Medidas de mitigação e adaptação
O documento estabelece uma série de medidas focadas em duas frentes: mitigação e adaptação. O objetivo é reduzir de forma significativa as emissões de gases de efeito estufa até 2035 e, ao mesmo tempo, preparar o país para enfrentar os impactos inevitáveis da crise climática.
Segundo alertas da Organização das Nações Unidas (ONU), os efeitos das mudanças climáticas já são uma realidade global e incluem:
- Ondas de calor extremo.
- Tempestades mais severas e frequentes.
- Menor disponibilidade de água em várias regiões.
Além disso, a mudança nos padrões climáticos está contribuindo para a expansão de doenças, enquanto eventos climáticos extremos aumentam as taxas de mortalidade e sobrecarregam os sistemas de saúde, dificultando sua manutenção e resposta.
Um marco na política ambiental brasileira
A aprovação do Plano Clima nesta fase crucial da COP 30 sinaliza a intenção do Brasil em alinhar sua trajetória de desenvolvimento com as metas globais de combate ao aquecimento global. O documento serve como um roteiro detalhado para que setores da economia e da sociedade possam contribuir para a transição para uma economia de baixo carbono.
O sucesso desta iniciativa dependerá da implementação efetiva das ações planejadas, do monitoramento constante dos resultados e do engajamento de todos os níveis de governo e da iniciativa privada. O plano coloca o Brasil em um caminho desafiador, mas necessário, para cumprir suas promessas internacionais e proteger seu território e população dos efeitos das mudanças climáticas.